Senso Crítico

Senso Crítico

domingo, 13 de janeiro de 2013

A Vida Fez-me Assim


A vida fez-me assim
Feliz com tão pouco, quase nada.
Porque sou como o vento,
Que sopra vindo do mar,
E se esconde nos teus cabelos!
-Saúdo o tempo que passa,
Que parte sem despedida,
Agitando a vida apressado!
-Sorrio ao tempo que fica
Guardado nos sentimentos,
Como um tempo sem tempo.
Seguro a tua mão
Como se fosse a minha.
Aceno à pressa do hoje, que vai
partir para mais um amanhã.
Fico aqui a teu lado
Segurando um pedaço de noite
No teu regaço de estrelas.
-Procuro no meu passado
Vestígios de um amanhã
Que será talvez apagado
Pelo mesmo vento apressado
Que sopra vindo do mar
E se esconde em qualquer lado
Tão longe de qualquer lugar!
Estarei aqui ao teu lado
Quando o vento voltar a soprar
Segurando um pedaço de céu
Sem noite, talvez apagado.
Serei tudo que não fui
Feliz com tão pouco
Quase nada.
Serei tudo o que não amei
Tão feliz por ti ao meu lado.
Serei silêncio na tua boca
Murmúrio no teu coração
Serei feliz com tão pouco
Muito mais do que nada.
A vida fez-me assim.
Feliz com quase nada.
Não quero afogar-me em tristezas,
O rio em que navego é longo e solitário
Como o vento que sopra vindo do mar.
Há lágrimas que ardem na minha face
como chamas que nunca se apagam.
Um dia não mais falarei de dor
Serei tudo aquilo que sonhei
Feliz com tão pouco
Com quase nada.
Sorrindo à vida que renasce
Ao tempo que chega e não fica,
Que parte veloz sem despedida.
Pela longa e solitária estrada dos sonhos.
Um dia serei tudo o que não amei
Morrendo de amor!

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