Senso Crítico

Senso Crítico

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Diferença Entre Força e Coragem



É preciso ter força para ser firme,
mas é preciso coragem para ser gentil.

É preciso ter força para se defender,
mas é preciso coragem para baixar a guarda.

É preciso ter força para ganhar uma guerra,
mas é preciso coragem para se render.

É preciso ter força para estar certo,
mas é preciso coragem para ter dúvida.

É preciso ter força para manter-se em forma,
mas é preciso coragem para ficar de pé.

É preciso ter força para sentir a dor de um amigo,
mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.

É preciso ter força para esconder os próprios males,
mas é preciso coragem para demonstrá-los.

É preciso ter força para suportar o abuso,
mas é preciso coragem para fazê-lo parar.

É preciso ter força para ficar sozinho,
mas é preciso coragem para pedir apoio.

É preciso ter força para amar,
mas é preciso coragem para ser amado.

É preciso ter força para sobreviver,
 mas é preciso coragem para viver.

domingo, 13 de maio de 2012

Obrigado



Obrigado

Obrigado porque tiveste na tua vida um lugar para a minha vida, renunciando a tantas coisas boas que poderias ter saboreado. Porque – mais do que isso – fizeste da tua vida um lugar para a minha. E de muitas maneiras morreste para que eu pudesse viver.
Porque não eras corajosa, mas tiveste a coragem de embarcar numa aventura que sabias não ter retorno.
Porque não fizeste as contas para avaliar se a minha chegada era conveniente: abriste simplesmente os braços quando eu vim.
Porque não só me aceitaste como era, como estavas disposta a aceitar-me fosse eu como fosse. Porque dirias “o meu filhinho” mesmo que eu tivesse nascido deformado e me contarias histórias ainda que eu tivesse nascido sem orelhas. E me levarias ao colo mesmo que eu fosse leproso. E, mesmo com tudo isso, me mostrarias com orgulho às tuas amigas. Porque seria sempre o teu bebé lindo.
Devo-te isso, embora não tenha acontecido, porque o farias.
Obrigado porque não tiveste tempo para visitar as capitais da Europa. Porque as tuas amigas usavam um perfume de melhor qualidade que o teu. Porque, sendo mulher, chegaste a esquecer-te de que havia a moda.
Porque não te deixei dormir e estavas sorridente no dia seguinte. Porque foste muitas vezes trabalhar com manchas de leite na blusa. Porque me sossegaste dizendo “não chores, filho, que a mãe está aqui”, e estar no teu regaço era tão seguro como dormir na palma da mão de Deus.
Obrigado porque é pensando em ti que posso entender Deus.
Obrigado porque não tiveste vergonha de mim quando eu fazia birras nos museus, ou me enfiava debaixo da mesa do restaurante porque queria comer um gelado antes da refeição. E porque suportaste que eu, na adolescência, tivesse vergonha de que os meus amigos me vissem contigo na rua.
Obrigado porque fizeste de costureira e aprendeste a fazer bolos. Porque fizeste roupas e máscaras para as festas da escola. Porque passaste uma boa parte dos fins de semana a ver jogos de rugby ou de futebol para que – quando eu perguntasse “viste-me, mãe, viste-me?” – pudesses responder com sinceridade e orgulho “é claro que te vi!”.
Obrigado por o teu coração ser do tamanho de me teres dado irmãos. Como eu seria pobre se não os tivesse!
Obrigado pelas lágrimas que choraste e nunca cheguei a saber que choraste.
Obrigado porque me ralhaste quando me portei mal nas lojas, quando bati os pés com teimosia, quando “roubei” batatas fritas antes de o jantar estar servido, quando atirei a roupa suja para um canto do quarto. Obrigado por me teres mandado para a escola quando não me apetecia e inventava desculpas. E por me teres mandado fazer tarefas da casa que tu farias bem melhor e muito mais depressa.
Obrigado por teres mantido a calma quando eu num dia de chuva fui consertar a bicicleta para a cozinha, ou quando arranjei uma namorada de cabelo verde…
Obrigado por teres querido conhecer os meus amigos, e por todas as vezes que não me deixaste sair à noite sem saberes muito bem com quem ia e onde ia.
Obrigado porque eu cresci e o teu coração parece ter também crescido. Porque me deste coragem. Porque aprovaste as minhas escolhas, e te mantiveste a meu lado apesar de ter passado a haver a distância. Porque levantas a cabeça – mesmo sabendo que eu estou muito longe – quando vais na rua e ouves alguém da multidão chamar: “mãe!”.
Obrigado por guardares como tesouros os desenhos que fiz para ti na escola quando era, como hoje, o Dia da Mãe. E por ficares à janela a ver partir o carro, quando me vou embora, comovendo-te com os meus sinais de luzes.
Obrigado – já agora… – por não teres esquecido quais são os meus pratos favoritos; por o sótão da tua casa poder ser uma extensão do sótão da minha casa; por teres ainda no mesmo lugar a lata dos biscoitos…

domingo, 6 de maio de 2012

Cannabis - To Be Free Or Not To Be Free - Eis a Questão



O movimento pela legalização da maconha, ou se preferirem, pela descriminalização da maconha, vem rendendo muita polêmica. Todos querem defender seu ponto de vista, seja ele contrário ou favorável a legalização. Não sou especialista no assunto, mas tentarei aqui expor minha opinião e alguns dados e informações que julgo necessários também.
Segundo algumas pessoas que defendem a tese da legalização da maconha, esta seria a melhor maneira de acabar com o tráfico de drogas. Sustentam esta tese dizendo que se todo usuário puder plantar seu pezinho de cannabis (maconha) em casa, não sustentará mais o tráfico.Será? Particularmente eu acho esta idéia simplista e ingênua ao extremo. O tráfico não se refere unicamente a maconha, mas engloba todas as demais drogas ilícitas, como cocaína, crack, heroína, LSD, maxixe e outras que porventura surgirem. Se eu adotar esta tese como verdadeira, logo teremos que legalizar também a produção caseira de cocaína, heroína, crack e todas as demais drogas. Existem drogas que requerem um maior conhecimento para sua fabricação caseira? O governo – suponho que eles já tenham pensado nesta idéia – ofereceria cursos grátis para os usuários, a fim de que produzissem um produto de qualidade que ‘não colocasse em risco sua saúde’. É claro que esta atitude de permitir o plantio da maconha não seria uma atitude isolada. Com o tempo, os usuários – ou devo dizer produtores – iriam acabar por produzir mais do que o necessário para seu consumo e então surgiria o impasse. O que fazer com o excedente? A resposta que surge imediatamente em minha mente é: vender, a fim de que o produtor possa obter algum dividendo que ajude nas despesas da casa. Mas logo nos deparamos com outro problema. O comércio de drogas seria ilegal, já que a legalização se refere somente ao uso pessoal da erva. A solução seria legalizar o comércio da maconha. Sim, legalizar, já que eu penso seria um absurdo o governo incentivar o plantio de um produto sem que este possa ser comercializado. Comércio gera dividendos – dinheiro – e com ele surge sua companheira inseparável: a ganância. O Brasil é um país de dimensões continentais, isto todos nós já ouvimos, mas também estamos cientes de que nem todos os brasileiros possuem seu pedaço de terra. Mais um problema a ser resolvido para que a sociedade fume seu baseado em paz. O governo arrendaria as áreas verdes para que os ‘sem terra’ possam fazer uso das mesmas a fim de plantarem sua cannabis e serem felizes, afinal, todos são iguais perante a lei – ou não? Com o passar do tempo – pouco tempo, diga-se de passagem – os produtores teriam que proteger sua colheita dos amigos do alheio, já que a humanidade não é constituída de seres perfeitos no que se refere a princípios. Para proteger sua produção, talvez fosse o caso de portar armas. Mas não foram feitos protestos veementes mostrando a população os malefícios que uma arma pode provocar, e que quem usa armas – com exceção dos militares – é bandido? Nossa, o sistema esta ficando cada vez mais complexo....melhor partir para a análise de outra tese.
As pessoas contrárias a legalização dizem que a maconha vicia – fato comprovado pela medicina. Os favoráveis a legalização dizem que ‘comer e beber’ também vicia. Quero apenas lembrar que ‘comer e beber’ não são vícios – já que vício é todo hábito considerado de alguma forma nocivo – mas sim necessidades fisiológicas, assim como fazer xixi, respirar, dormir e outras. Vícios são a gula e a destemperança.
Fala-se muito nas propriedades medicinais da maconha. Algumas delas realmente existem. Pesquisas evidenciaram que a maconha pode produzir um efeito analgésico importante. Os pacientes que seriam beneficiados com o uso da maconha seriam aqueles em uso de quimioterapia, em pós-operatório, com trauma raquimedular (lesão da coluna vertebral com acometimento da medula), com neuropatia periférica, em fase pós-infarto cerebral, com AIDS, ou com qualquer outra condição clínica associada a um quadro importante de dor crônica.
Muitos oncologistas e pacientes defendem o uso da maconha, ou do THC (seu principal componente já estudado) como agente antiemético. Mas quando comparada com outros agentes, a maconha tem um efeito menor do que as drogas já existentes. Contudo, seus efeitos podem ser aumentados quando associados com outros antieméticos. Dessa maneira, o uso da cannabis na quimioterapia pode ser eficiente em pacientes com náuseas e vômitos não controlados com outros medicamentos
Os estudos sobre os efeitos da maconha sugerem que esta droga pode ser importante no tratamento da desnutrição e da perda do apetite em pacientes com AIDS ou câncer, mas que outros medicamentos já existentes se mostram muito mais eficazes que a maconha.
Estudos em animais demonstram que o uso da maconha pode estimular os movimentos em doses baixas e pode inibí-los em doses altas. Esta característica pode ser importante para o desenvolvimento de tratamentos para as desordens motoras na doença de Parkinson.
Apesar do glaucoma ser uma das indicações mais citadas para o uso da maconha, os dados existentes não suportam esta indicação. A pressão alta intra-ocular é um dos fatores de risco para o desenvolvimento do glaucoma e a maconha poderia agir diminuindo esta pressão. Mas esse efeito é de curta duração e só é conseguido com altas doses da droga. As altas doses provocam muitos efeitos indesejáveis e as medicações já existentes são bastante efetivas e com efeitos colaterais mínimos.
Detalhe: Todos estes efeitos modestos citados acima se referem ao desenvolvimento de substâncias puras, e não através do fumo da mesma. Ressalto também que medicamentos já existentes tem eficácia bem superior a cannabis em todos os casos clínicos citados.
Dos dados acima cabe uma pergunta e uma observação – outra. Não me parece que os adeptos da legalização sofram de alguma das doenças citadas acima, sendo modestamente beneficiadas com o uso da maconha. Pelo que pude constatar raras são os manifestantes que alardeiam os benefícios do uso medicinal da maconha que podem exibir diploma de medicina. Quem seriam então estas pessoas que pleiteiam a legalização da maconha e qual sua verdadeira intenção? Pense e tire suas próprias conclusões.
Uma pergunta que é feita com freqüência pelos favoráveis a legalização da maconha é: que mal faz fumar um baseado? As pessoas usam tantas drogas piores que a maconha  chamadas popularmente de remédios.
Vamos por partes. Na questão sobre o mal que o uso da maconha pode acarretar, as pesquisas demonstram que o hábito de fumar provoca alterações nas células do trato respiratório e aumentam a incidência de câncer de pulmão. Os efeitos associados ao longo tempo de exposição ao THC são a dependência dos efeitos psicoativos e a síndrome de abstinência com a cessação do uso. Os sintomas da síndrome de abstinência incluem agitação, insônia, irritabilidade, náusea e cãibras.
O álcool é muitas vezes chamado á discussão para lembrar que o mal que as bebidas causam é muito maior que os males que a maconha produz. Para comprovar este raciocínio se valem do grande número de acidentes de trânsito causados pela embriaguez. Quero lembrar que dirigir alcoolizado é crime, bem como fumar maconha.Violência- -causada muitas vezes por estado de embriaguez – também é crime.
Fala-se também do cigarro. Exige-se um tratamento idêntico para ambos – cigarro e maconha – já que ambos trazem inúmeros malefícios ao ser humano. Não sei se as pessoas se deram conta, mas o cigarro esta sofrendo uma perseguição – justa – por parte dos governos, que esta limitando cada vez mais seu consumo, seja pelo fato estipulat altas taxas de impostos na sua produção e comercialização, seja pela restrição cada vez maior dos locais onde o fumo é permitido. Aos mais jovens quero informar que nas décadas de 60-70 era comum anúncios da indústria do fumo nas mídias mais populares da época, como rádio, televisão e revistas de grande circulação. Os anúncios mostravam – invariavelmente – fumantes como pessoas bem sucedidas e felizes, praticando esportes radicais e rodeados de belas mulheres. Aos poucos estes anúncios foram sendo banidos. Na televisão, inicialmente, foram empurrados para horários tardios. Mesmo nos esportes pudemos constatar esta campanha contra o fumo. Alguns países que sediam corridas da F1 só aceitam sediar estes eventos se os anúncios da indústria do cigarro forem retirados das equipes. No caso das bebidas, ainda temos a cerveja, que tem grande divulgação em todos os horários, mas já não se vê mais bebidas de destilados nos meios de comunicação. Temos agora a opção de cerveja sem álcool, bem como de espumantes. É clara a intenção dos governos em reduzir ao extremo o consumo de bebidas e cigarro. O que as pessoas favoráveis a legalização da maconha querem é que ela trilhe um caminho totalmente oposto das duas drogas citadas acima. Querem que seu uso seja difundido, ou na ‘melhor’ das hipóteses, facilitado.
Com certeza você que esta lendo este artigo se perguntou: se o governo quer reduzir o consumo de bebidas e cigarros, por que não criminaliza seu uso? Por que esta é uma questão um tanto quanto peculiar. Estas duas drogas jamais foram proibidas no país, o que tornou seu consumo fato corriqueiro e determinou que este se transformasse num comportamento social ‘consagrado’, o que torna mais difícil sua erradicação.
Quanto ao fato das drogas compradas nas farmácias, devo lembrar que o uso das mesmas deve ser controlado pelo médico e o fornecimento de muitas delas só se torna possível através da apresentação de receita. O uso indiscriminado destas ‘drogas’ causa malefícios a saúde sim. Malefícios estes que se tenta combater com informação e controle por parte dos responsáveis. Eu poderia discutir aqui o porque do uso indiscriminado de medicamentos, mas não é esta a intenção desta matéria.
A maconha afeta também a memória, prova disto éos usuários da erva não ‘lembrarem’ de nenhum malefício causado pela mesma.
A grande bandeira erguida pelos defensores da legalização do uso da maconha é a bandeira da liberdade. Liberdade de escolha – dizem eles – um direito de todo ser humano. Ainda segundo os adeptos da legalização, o uso ou não da droga seria de livre arbítrio. Você poderia fazer uso ou não, segundo sua vontade. Sempre haveria duas opções, usar ou não. Em minha opinião esta é uma meia-verdade. Você tem realmente duas opções – usar ou não – até o momento que decide pelo uso da mesma. À partir dali, sua vontade fica sob controle da droga, e resta a você apenas uma opção: obedecer as vontades que ela injeta em sua mente e corpo.
Mesmo agora, com a criminalização do uso da maconha em vigor, as pessoas continuam a ter duas opções: respeitar as leis ou não. Algumas pessoas tentam fazer um exercício de imaginação nos perguntando o que pensaríamos se nossos filhos fossem presos apenas por fumar um baseado, sem ter cometido crime algum?
Bom, eu não tenho filhos, mas sou filho, e recebi de meus pais a orientação do que é permitido ou não pelas leis do país onde resido e quais as conseqüências que o não cumprimento das leis acarretaria a minha pessoa. Tenho respeitado as leis de meu país por entender que uma vida em sociedade requer regras. O que algumas pessoas querem é a extinção de toda e qualquer regra. Querem a liberdade de fazer e provar tudo que imaginam, sem sentirem o peso da censura ou o dedo da crítica. Sociedades nestes moldes não existem e jamais existirão, pois a liberdade de cada um termina onde começa a do outro, o que por si só já é uma regra. Pessoas que defendem as leis atuais sobre este assunto são taxadas de conservadores e retrógradas. Me incluo entre eles, pois sou contra a legalização da maconha.
A legalização da maconha serve apenas para abrir um precedente a fim de que se legalize outras drogas, já que surgiria a pergunta inevitável: Por que uma droga pode e a outra não pode?

quarta-feira, 2 de maio de 2012

As Tres Peneiras

As três peneiras ...

Um homem, procurou um sábio e disse-lhe:
- Preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de...
Nem chegou a terminar a frase, quando Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:
- Espere um pouco. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
- Peneiras? Que peneiras?
- Sim. A primeira é a da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro? - - Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram!
- Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira: a bondade. O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
- Não! Absolutamente, não!
- Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira. Vamos agora para a terceira peneira: a necessidade. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?
- Não... Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar.
E o sábio sorrindo concluiu:
- Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras porque: Pessoas sábias falam sobre idéias; Pessoas comuns falam sobre coisas; Pessoas medíocres falam sobre pessoas.

Talvez ....




"Talvez eu venha a envelhecer rápido demais.Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena.
Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer de minha vida.Mas farei que elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei.
Talvez eu não tenha forças para realizar todos os meus ideais.Mas jamais irei me considerar um derrotado.
Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda.Mas não ficarei por muito tempo olhando para o chão.
Talvez um dia o sol deixe de brilhar.Mas então irei me banhar na chuva.
Talvez um dia eu sofra alguma injustiça.Mas jamais irei assumir o papel de vítima.
Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos.Mas terei humildade para aceitar as mãos que se estenderão em minha direção.
Talvez numa dessas noites frias, eu derrame muitas lágrimas.Mas não terei vergonha por esse gesto.
Talvez eu seja enganado inúmeras vezes.Mas não deixarei de acreditar que em algum lugar alguém merece a minha confiança.
Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes erros.Mas não desistirei de continuar trilhando meu caminho.
Talvez com o decorrer dos anos eu perca grandes amizades.Mas irei aprender que aqueles que realmente são meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos.
Talvez algumas pessoas queiram o meu mal.Mas irei continuar plantando a semente da fraternidade por onde passar.
Talvez eu fique triste ao concluir que não consigo seguir o ritmo da música.Mas então, farei que a música siga o compasso dos meus passos.
Talvez eu nunca consiga enxergar um arco-íris.Mas aprenderei a desenhar um, nem que seja dentro do meu coração.
Talvez hoje eu me sinta fraco.Mas amanhã irei recomeçar, nem que seja de uma maneira diferente.
Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias.Mas terei a consciência que os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma.
Talvez eu me deprima por não ser capaz de saber a letra daquela música.Mas ficarei feliz com as outras capacidades que possuo.
Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações.Mas não deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas.
Talvez a vontade de abandonar tudo torne-se a minha companheira.Mas ao invés de fugir, irei correr atrás do que almejo.
Talvez eu não seja exatamente quem gostaria de ser.Mas passarei a admirar quem sou.Porque no final saberei que, mesmo com incontáveis dúvidas, eu sou capaz de construir uma vida melhor.
E se ainda não me convenci disso, é porque como diz aquele ditado: “ainda não chegou o fim”Porque no final não haverá nenhum “talvez” e sim a certeza de que a minha vida valeu a pena e eu fiz o melhor que podia."

Aristóteles Onassis