E as vozes ganharam as ruas.
De uma cidade angustiada
E as bocas
gritaram protestos
Com palavras nuas e cruas
E as ruas foram
tomadas pela impaciência
Pelas balas de borracha e pelas bombas
De efeito moral e
estampido real
Pela fumaça e
incandescência
Pelos fogos e pelo
povo
E pelo joio em meio ao trigo
Uma multidão de
indivíduos tão iguais em sentimento
Resolveu sair às
ruas da cidade de concreto
E colocar sua
indignação para arejar ao vento
Resolveu desabafar
todo seu sofrimento
Resolveu cobrar
mudanças
Do circo não quer
mais ser o palhaço
Não quer mais ver
na política o teatro
Palco armado para
atores da tragédia
Cujo tema é a
falsidade ideológica
Dos que fingem a
virtude que não tem.
Dos que tem a
educação fora da pauta
Que obrigam o povo
a ser autodidata
Ser artista e
interpretar sempre o doente
Que nas filas à
espera de cuidados
Vê um país que
sofre o mal da corrupção
E percebe que a justiça esta ausente
E em meio a tanto
roubo e desperdício
Só lhes faço uma
pergunta deputados
Se o Brasil é
mesmo o país do futuro
Como dizem os que sobem ao palanque
Quando é que este
futuro vai chegar?
Sinto ainda que ele esta um tanto distante.
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