tag:blogger.com,1999:blog-49129438371134296862024-02-18T20:57:54.396-08:00Senso CríticoAprender é aperfeiçoar a arte de pensar e agir corretamenteJuarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.comBlogger331125tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-55708174793131875932018-06-13T07:18:00.001-07:002018-06-13T07:18:16.835-07:00Queimar os Navios<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikMtV7oedmFtrxMXKy8mV17k2ipXabKFx4KXADckaOw50JT63vAfN7RldK-17377I5efuLEHi4BBhADF_ipU1L-Qs3SqcSu4mUjpqJrU_uzp4jA1ZcoVAGtGbhpYXe0l9jqulKquQsKss/s1600/b9d4be03d1936799cd54de1ec39eab1b--naval-history-the-burning.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="515" data-original-width="700" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikMtV7oedmFtrxMXKy8mV17k2ipXabKFx4KXADckaOw50JT63vAfN7RldK-17377I5efuLEHi4BBhADF_ipU1L-Qs3SqcSu4mUjpqJrU_uzp4jA1ZcoVAGtGbhpYXe0l9jqulKquQsKss/s320/b9d4be03d1936799cd54de1ec39eab1b--naval-history-the-burning.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Contam que Pizarro,
o conquistador espanhol, pouco depois de desembarcar na América do
Sul com os seus homens, mandou queimar os navios que os tinham levado
até lá.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Estranha atitude,
que poucos se teriam atrevido a tomar, pois havia um oceano a
atravessar para regressarem a casa. Mas a verdade é que também não
foram muitos aqueles que deixaram o seu nome na História por terem
realizado feitos notáveis…</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
É certo que podemos
criticar as conquistas de Pizarro e a forma como as realizou, mas
este gesto concreto é, sem dúvida, valioso.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Conhecia a extrema
dificuldade da tarefa que perseguiam. Sabia que viriam perigos
incontáveis, terrores, mortes, doenças. Temia o desconhecido, que
se afigurava pavoroso. Conhecia os seus homens e conhecia-se a si
mesmo. Receava que – depois de uma derrota, perante o desânimo
provocado por algum obstáculo aparentemente intransponível –
pensassem apenas na forma mais rápida de chegar de novo à costa,
entrar nos barcos e regressar a casa.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Mas não admitia
outra coisa senão cumprir o objetivo. Cortou a retirada. E os navios
arderam. O único caminho, a partir de então, era em frente e até
ao fim. E conseguiu.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Conhecemos, decerto,
casamentos que correram mal e casamentos que correram bem.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a>
Mas não é exatamente assim. Todos esses casamentos correram mal, no
sentido de que em todos houve, com toda a certeza, dificuldades
sérias, dessas que agora facilmente consideramos intransponíveis.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
O que existiu foi
uma diferença de atitudes. Houve aqueles que tinham deixado uma
porta aberta, pelo menos dentro de si, e por ela se escaparam quando
tudo estava a ficar “insuportável”. E houve, por outro lado, os
que – por não admitirem outra solução – se empenharam em
resolver, dentro do único caminho que podiam conceber, os problemas
existentes. E a verdade é que os resolveram.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Todas as coisas
grandes e duradouras que até hoje se fizeram envolveram um acto
semelhante a este do conquistador espanhol. Envolveram a decisão de
fechar as portas à possibilidade de bater em retirada. Resultaram de
decisões que se mantiveram fortes como o aço ao longo do tempo,
perante a dor e o sofrimento e as dificuldades mais sérias.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Hoje quase não
somos capazes de nos abandonarmos ao amor. Não somos capazes de um
amor que seja inquebrável. Dizemos “quero-te para sempre” – e
somos sinceros – mas não somos capazes de manter o amor e a
palavra que dissemos. Tornamo-nos moles. Somos caricaturas de homens
e de mulheres, porque temos pouco de vontade forte, de liberdade
verdadeira.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Há, porém, uma
coisa que ainda podemos fazer para salvar o mundo, para resgatar um
pouco daquilo que destruímos. Podemos, pelo menos, tentar educar as
nossas crianças de forma a que elas venham a ser pessoas de palavra,
gente honrada, com uma lealdade a toda a prova, com forte
determinação. Tentar educá-los… tanto quanto é possível que
alguém que não dá exemplo eduque.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Podemos fazer isso.
Se eles vierem a ser capazes de constituírem lares sólidos,
famílias consistentes, a nossa vida não terá sido, apesar de tudo,
inútil.</div>
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Se calhar, o que
temos feito até agora foi procurar justificações para não termos
ido até ao fim do caminho. Tornamos o divórcio numa coisa natural,
para não nos sentirmos culpados. Seria belo que fôssemos agora
capazes de dizer: “errei, mas olha para mim e segue outro caminho”.</div>
Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-29480128658442562562018-04-20T17:53:00.000-07:002018-04-20T17:53:36.154-07:00Menina Encantada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdrdMgQ1j_Qa2g2OVB_toZ7XA3kZ1tw53CXVJ8f54B9GfYcaj2Mx-9ffYj99aeaH08jVgvdXXPdYQy4E92XsKWur_GcfyAokRTXPgU5TJq2wzWYf4ZnijM30ZYwXwJhh2yHaRwnTGbbN0/s1600/Digital-Painting-Inspiration-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1145" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdrdMgQ1j_Qa2g2OVB_toZ7XA3kZ1tw53CXVJ8f54B9GfYcaj2Mx-9ffYj99aeaH08jVgvdXXPdYQy4E92XsKWur_GcfyAokRTXPgU5TJq2wzWYf4ZnijM30ZYwXwJhh2yHaRwnTGbbN0/s320/Digital-Painting-Inspiration-2.jpg" width="228" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
“Menina Encantada”
é o nome de um navio que costuma estar amarrado no porto de
Sesimbra, ao lado de muitos outros. Uma vez, ao reparar nele num dos
meus passeios, lembrei-me da Susana.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
A Susana é minha
aluna e é também uma menina encantada.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Não vou fazer-lhe
aqui um elogio; vou, sim, elogiar os pais dela. A Susana tem uma
idade na qual ainda não se conquistaram virtudes. Nessa fase da vida
ainda não temos virtudes próprias: refletimos as virtudes de quem
nos educou.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Uma vez disse-lhe
que tinha uma grande admiração pelos pais, o que a deixou
espantada, visto que nunca tive o gosto de conhecer pessoalmente os
senhores. Podia ter respondido ao seu espanto dizendo que sim, que
conhecia muito bem os pais porque a conhecia a ela. Mas preferi não
o fazer. Um dia ela compreenderá por si mesma a verdadeira razão.
Levei o caso para a brincadeira. Disse-lhe: “Eles aturam-te
pacientemente há muitos anos, e eu, só de te aturar durante três
horas por semana, já tenho vontade de te atirar pela janela…”.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
A Susana é uma
menina encantada, com um encanto muito mais do que superficial. Tem
assim uma espécie de perfume interior que se sente e não se sabe
explicar bem. É agradável estar ao lado dela. Os colegas
procuram-na, sentam-se à sua beira, brincam e conversam com ela. A
escola não é bem a mesma coisa quando ela não está. Não tem
graça pensar num programa se ela não puder estar presente.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
A Susana tem uma
aparência que não dá nas vistas; não é rica; veste-se
modestamente; não fala alto. Escuta o que os outros dizem. Não se
pinta, como sucede com algumas das companheiras. Mas está sempre
contente. Quando tem o que desejou e quando não o tem. Porque também
lhe passam pela cabeça todas as coisas que passam pelas cabeças das
colegas. Uma vez ouvi-a dizer que não usava não sei que gênero de
brincos, destes modernos, porque os pais não a deixavam usá-los.
Não era uma queixa; foi uma coisa que veio à conversa, em grupo,
durante um intervalo, com a maior das naturalidades. .</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
A Susana fez-me
pensar.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Todos gostam de
estar com ela porque está sempre bem-disposta. E está sempre
bem-disposta porque se habituou a aceitar e a obedecer. Quando nos
habituamos a não esperar muito da vida, qualquer coisinha nos deixa
contentíssimos.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a>
Ora isto é o contrário do que se passa com tantas e tantos, que se
tornaram constantemente insatisfeitos e rabugentos por terem sido
acostumados a ter aquilo que desejavam: aquilo que viam nas montras,
os pratos preferidos, os objetos e brinquedos que viam os outros usar
na escola, certas marcas de roupa. Quando alguém vai por esse
caminho, deseja sempre mais, sempre diferente, sempre melhor, sempre
mais caro, sempre novo. E passa de uns campos para outros, até
chegar ao convencimento de que tem direito a que a vida satisfaça
todos os seus desejos.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Às vezes não
reparamos bem no alcance de certas coisas que fazemos enquanto
educadores. A verdade é que quando damos a uma criança todas as
coisas que ela deseja lhe damos também o aborrecimento. E a
incompatibilidade futura com as arestas da vida.</div>
<br />Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-67246722944736473922018-03-24T13:32:00.001-07:002018-03-24T13:32:32.257-07:00O Último Reinado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/J8hnQcNyoXU/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/J8hnQcNyoXU?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-67018624461333179072018-02-03T05:21:00.002-08:002018-02-03T05:21:54.436-08:00A Guilhotina da Igualdade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/2k7gKPjMzpE/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/2k7gKPjMzpE?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-75733126435196919932018-02-03T05:20:00.000-08:002018-02-03T05:20:16.869-08:00Independência Ou Morte!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/YpjDmTdsJac/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/YpjDmTdsJac?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-41670549023126558892018-02-03T05:15:00.000-08:002018-02-03T05:15:09.009-08:00Muito Mais Simples<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXUQVc-IOng0T09_UroIsgeit4dBjzPjQ5arTTrb5B3YZ4s0TfygiJQ9Ucm5wGshkZag2BvF7JtqoSGJFXYr_N-1p0-sJWkcBF51r-CA7lTCU1kpLzbZKQ5Olk0kR0_yEGG-jT2di_i0E/s1600/a975b2d266a031c08c34e2aa72b410bc--beautiful-paintings-burke.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="534" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXUQVc-IOng0T09_UroIsgeit4dBjzPjQ5arTTrb5B3YZ4s0TfygiJQ9Ucm5wGshkZag2BvF7JtqoSGJFXYr_N-1p0-sJWkcBF51r-CA7lTCU1kpLzbZKQ5Olk0kR0_yEGG-jT2di_i0E/s320/a975b2d266a031c08c34e2aa72b410bc--beautiful-paintings-burke.jpg" width="284" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Numa altura em que a
droga adquire – no nosso país e no mundo – proporções
assombrosas, destruindo pessoas e famílias, vale a pena dizer que
existe uma solução pequena e fácil, da qual nos temos andado a
esquecer.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Quando se verifica o
fracasso de todos os meios usados para impedir a proliferação da
droga e se experimentam outros, mirabolantes – que muitas vezes não
passam de absurdas concessões e de vis desistências -, vale a pena
dizer que a solução não se encontra em sistemas de cooperação
internacional, em vigilância policial, em complicados processos
intelectuais ou em experimentar novos métodos.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
O problema da droga
– como quase todos os outros – é um problema de educação.
Resolve-se nas famílias, resolvendo os problemas das famílias. Não
é preciso ir mais longe.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Mas educar, no que
diz respeito à droga, não consiste em explicar aos jovens os
malefícios dela. Não consiste apenas em preveni-los contra um mal
que, vindo de fora, os pode destruir.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
É muito diferente
disso. E um pouco mais trabalhoso.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Todas as pessoas
procuram a felicidade e têm tendência a confundir felicidade com
prazer. E todos tendem a conseguir a felicidade com o mínimo de
esforço possível.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Acontece que a droga
está no final do caminho do prazer fácil. Ainda não se descobriu
coisa que dê mais prazer. Quando se vai pela vida correndo de prazer
em prazer, sucede que se deseja sempre mais, porque aquilo que se tem
nunca é bastante. São precisos prazeres cada vez maiores. E muitos
chegam à droga através desse caminho.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Outros chegam lá
pela ausência de um sentido para as coisas e para a vida.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Na família pode
ensinar-se – principalmente através do exemplo dos pais – que
existe uma felicidade que não reside nos prazeres do corpo, mas
resulta de um comportamento reto. A felicidade nasce de se estar em
paz com a consciência; brota do dever cumprido; vem-nos da vitória
alcançada sobre nós mesmos, de termos realizado – apesar dos
obstáculos interiores e exteriores – coisas boas.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
É preciso que os
filhos saboreiem muitas vezes todo o prazer que existe em terem
terminado com perfeição uma tarefa que quiseram começar ou que
lhes foi confiada. Devem ganhar gosto pelo trabalho bem terminado.
Compreenderão que o prazer interior que sentem vale bem o esforço
que aquilo lhes custou.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
E quem diz o
trabalho bem terminado diz muitas outras situações atrás das quais
se esconde – como um tesouro – a felicidade: dizer a verdade
mesmo quando custa muito, dedicar tempo e esforço a uma atividade
que só aproveita a outros, tentar que nasça um sorriso em quem está
triste, pedir perdão, fazer as pazes…</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Tudo coisas
“difíceis”…</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Se, desde pequenos,
se habituarem a procurar a felicidade nessas coisas, que são muitas
vezes áridas, não irão procurá-la nos prazeres fáceis. Se, desde
sempre, relacionarem felicidade e alegria com esforço – com coisas
difíceis – desconfiarão quando os amigalhotes lhes acenarem com
um prazer-que-não-custa-esforço.</div>
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
E, entretanto, terão
aprendido o sentido de todas as coisas.</div>
Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-80361233421780059522018-01-21T08:42:00.000-08:002018-01-21T08:42:36.435-08:00O Leque<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTg_OXgesrcVY9-ICKazHQQcdHI3_AtgPNVrV8n-hYs6qxtlJsB6Jh2S_O22lsqYmkPwZ6t3AZPmjyvn-3e7xaNXq5JsSnXOmfb9sIBpWtpB-FdPQ4PqO62TnVOBjOXXzBdOptKQ8Xs-A/s1600/e5295dff0c523804e611514052f30ffb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1090" data-original-width="840" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTg_OXgesrcVY9-ICKazHQQcdHI3_AtgPNVrV8n-hYs6qxtlJsB6Jh2S_O22lsqYmkPwZ6t3AZPmjyvn-3e7xaNXq5JsSnXOmfb9sIBpWtpB-FdPQ4PqO62TnVOBjOXXzBdOptKQ8Xs-A/s320/e5295dff0c523804e611514052f30ffb.jpg" width="245" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Um homem consumido
pela febre e pelas dores. Com uma angústia profundíssima porque
verifica que a sua situação piora notavelmente a cada dia que
passa.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Que faz esse homem
para contrariar a febre que se vai apossando do seu ser, que o vai
minando, que lhe vai destruindo as entranhas? Abana um leque junto da
cabeça, nada mais. Combate o calor que lhe sobe ao rosto e que não
passa da mais superficial das consequências do trabalho invisível e
muito interior do terrível micróbio.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
É um quadro
patético. Teríamos vontade de rir, se não fosse, ao mesmo tempo,
muitíssimo triste.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
É, talvez, o quadro
da nossa sociedade ocidental.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Há muito que
aprendemos que a forma de resolver um problema consiste em
descobrir-lhe a raiz e atuar nela. Eliminando o micróbio, acaba-se
com a febre. O homem que abana o leque junto da cabeça parece não
saber isto. Ou, então, não quer mesmo resolver o problema, por
qualquer razão que não conseguimos entender.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Julgamos e
condenamos os pedófilos. É, de certo modo, patético: um abanar de
leque… Tem a sua utilidade, claro – alguma coisa temos de fazer
para defender as nossas crianças -, mas não muito mais utilidade
que a de abanar um leque junto de uma cabeça febril. Se não se for
à raiz do problema, hão de vir a ser presas muitas mais pessoas e
continuará a haver muitas vítimas pelo tempo fora…</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Aquilo a que se
chama pedofilia tem duas componentes fundamentais: a perversão da
sexualidade e a utilização de outros seres humanos para satisfação
própria. Era aí que devíamos travar a nossa batalha. Estes são
dois males profundos da nossa sociedade, com outras manifestações,
de resto, além daquela que agora nos assusta.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Temos admitido entre
nós a pornografia, em diversas formas. Mas a pornografia desvirtua o
sexo, e a pedofilia é uma das aberrações onde se pode chegar
quando se desvirtua o sexo. Logo, será necessário eliminar a
pornografia – e é apenas um exemplo – se realmente quisermos
terminar com tudo isto. Não é razoável querermos uma coisa e não
querermos as suas inevitáveis consequências. Não é possível,
porque vivemos na realidade. Quem anda à chuva molha-se…</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
E a utilização dos
outros, o dispor deles para os nossos interesses… é uma história
antiga. Nisso já descemos ao mais fundo que era possível descer,
quando permitimos que as nossas leis autorizassem o aborto.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a>
Tínhamos eliminado a escravatura. Quase não havia pena de morte.
Tínhamos construído hospitais e lares. Estávamos a elevar-nos.
Mas, em poucas dezenas de anos, mergulhamos de tal modo que batemos
com estrondo no fundo mais sombrio. Depois do aborto, nada será de
espantar. Se continuarmos assim, um dia aceitaremos a pedofilia –
dando-lhe outro nome, evidentemente, como quando chamamos ao maior
dos crimes “interrupção voluntária da gravidez”.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Depois do aborto,
por termos destruído o único alicerce em que se pode fundamentar a
sociedade – o respeito incondicional e admirado pela vida humana –
não é de espantar que todo o edifício social se desmorone.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Quem admite o aborto
não tem sustento racional para condenar a pedofilia. Porque a
pedofilia consiste em fazer o que se quer da criança que está fora
do ventre da mãe, e o aborto consiste em fazer o que se quer da
criança que está dentro do ventre da mãe. A essência do ato não
muda só porque ele é realizado de uma forma menos visível.
Permanece, como fundo, o uso da criança – da pessoa humana –
como se fosse uma coisa.</div>
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
A mesma mentalidade
da escravatura…</div>
Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-21470972891784571282017-12-31T05:01:00.001-08:002017-12-31T05:01:17.405-08:00Oração<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5aVJ7_7cjaTvOXzA2OK0hl2Ex0sqcv1H7dy5RzQ7xLDDzx4dQRFBrAGp5glFvp3AuXVrznsrTQUUBD6T-ICoRacoZHJUNy4lJc2vn4IpORUQFcsh-PTyF3ow2LtBtUVWYrttlDRGlvOo/s1600/silentio-arthur-braginsky.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="758" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5aVJ7_7cjaTvOXzA2OK0hl2Ex0sqcv1H7dy5RzQ7xLDDzx4dQRFBrAGp5glFvp3AuXVrznsrTQUUBD6T-ICoRacoZHJUNy4lJc2vn4IpORUQFcsh-PTyF3ow2LtBtUVWYrttlDRGlvOo/s320/silentio-arthur-braginsky.jpg" width="268" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
Meu Deus</div>
<div class="MsoNormal">
Ajuda-me a dizer a verdade diante dos fortes</div>
<div class="MsoNormal">
E a não mentir para obter o aplauso dos fracos</div>
<div class="MsoNormal">
Se me deres dinheiro,que eu não perca a felicidade</div>
<div class="MsoNormal">
Se me deres forças,que eu não perca o raciocínio</div>
<div class="MsoNormal">
Se me deres êxito,que eu não perca a humildade</div>
<div class="MsoNormal">
Se me deres humildade,que eu mantenha minha dignidade</div>
<div class="MsoNormal">
Ajuda-me a conhecer o outro lado da realidade</div>
<div class="MsoNormal">
E não me deixes acusar meus adversários de traidores</div>
<div class="MsoNormal">
Por eles não compartilharem meus critérios</div>
<div class="MsoNormal">
Ensina-me a amar os outros como me amo a mim mesmo</div>
<div class="MsoNormal">
E a julgar-me,como julgo os outros</div>
<div class="MsoNormal">
Não me deixes embriagar com o êxito,quando o obtenho</div>
<div class="MsoNormal">
Nem a desesperar no fracasso</div>
<div class="MsoNormal">
Sobretudo,faz-me sempre recordar que o fracasso</div>
<div class="MsoNormal">
É a prova que antecede o êxito</div>
<div class="MsoNormal">
Ensina-me que a tolerância é o mais alto grau da força</div>
<div class="MsoNormal">
E que o desejo de vingança é a primeira manifestação da
fraqueza</div>
<div class="MsoNormal">
Se me despojas do dinheiro,deixa-me a esperança</div>
<div class="MsoNormal">
Se me despojas do êxito,deixa-me a força de vontade </div>
<div class="MsoNormal">
Para vencer o fracasso</div>
<div class="MsoNormal">
Se me despojas do dom da saúde</div>
<div class="MsoNormal">
Deixa-me a graça da fé</div>
<div class="MsoNormal">
Se causo dano a alguém,dá-me a força da desculpa</div>
<div class="MsoNormal">
E se alguém me causa dano,dá-me a força do perdão</div>
<br />Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-909384089524003382017-12-26T03:48:00.001-08:002017-12-26T03:48:51.106-08:00O Mapa Do Tesouro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlTBckGkEB5NkBtR7HGi2PSCpoZf-u7uChyphenhyphenV2YHwPa3kc-SzLYvTRH8T_eyIao4OfwCfAoMqQC2uspb4dTsT47Uc4bcnO-4og4FB7dCmV_vCyFjdYLlVg_B5nUxP4KnXKzLqOGg4ncMf8/s1600/Bussula+e+astrol%25C3%25A1bio.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="866" data-original-width="1300" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlTBckGkEB5NkBtR7HGi2PSCpoZf-u7uChyphenhyphenV2YHwPa3kc-SzLYvTRH8T_eyIao4OfwCfAoMqQC2uspb4dTsT47Uc4bcnO-4og4FB7dCmV_vCyFjdYLlVg_B5nUxP4KnXKzLqOGg4ncMf8/s320/Bussula+e+astrol%25C3%25A1bio.jpeg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Não gostamos de que
nos digam o que devemos fazer. Preferimos que os outros se metam
apenas na sua vida e que não nos deem conselhos. Vamos pelo
nosso caminho, muito direitos e com o nariz no ar, respirando os
ventos de uma liberdade que nos livrou de séculos de pó e bafio,
que libertou de rótulos e grilhetas os nossos atos, tornando-os bons
pelo simples fato de serem nossos.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
A moral, que
indicava regras de comportamento, passou de moda. Os amigos – por
serem agora pessoas a quem não admitimos intromissões no sentido
que damos aos nossos passos – passaram a ser apenas aqueles que
circunstancialmente nos acompanham na paródia: paisagem fugidia de
uma viagem alucinante.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Passamos, quase
todos, a viver em cidades enormes, onde se tornou muito fácil
proteger a nossa liberdade de olhares alheios. Ninguém nos conhece,
ninguém tem tempo para se desviar por nossa causa, todos andam
igualmente ocupados com o seu direito à liberdade.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
A moral indicava
quais os comportamentos que eram bons e quais os que se deviam
evitar. E para que servia isso? Não era para nos encher de sombras e
culpas: uma coisa assim não teria alcançado a importância que a
moral alcançou, porque sempre apreciamos a alegria. Não era para
nos tolher a liberdade, pois sempre a amamos; sempre por ela os
homens morreram, como a História mostra fartamente.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Atos bons e maus…
para quê? Para a felicidade. Acreditava-se – e muitos ainda hoje
acreditam… – que a felicidade que é possível ter enquanto se
passa por este planeta tem uma relação íntima com os
comportamentos. Comportamentos corretos – de acordo com a nossa
natureza humana – resultam em olhos limpos, em alegria na alma. Mas
era preciso identificar o correto entre uma multidão de
possibilidades, de apetites, de ideias, de sentimentos, de opiniões.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
A moral era, assim,
uma arte de viver, um mapa do tesouro, um caminho seguro por entre
escolhos. Resultava de séculos e séculos de experiência. Sabia-se
que proceder de certa forma conduzia a determinados resultados. Que
atrás de certas portas de bela aparência se escondiam abismos
tenebrosos de onde dificilmente se regressava. Havia a experiência
de que os melhores caminhos eram aqueles que subiam quase sempre,
muitas vezes por entre espinhos que arrancavam pedaços da carne.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a>
Não gostamos de que nos digam o que devemos fazer… a não ser que
estejamos perdidos, ou desorientados, e queiramos muito chegar a um
certo lugar. Agradecemos que alguém tenha colocado na estrada uma
placa que indique o caminho a seguir até onde queremos chegar. A
moral servia para isso. As pessoas perguntavam: “Que devo fazer
nesta situação?; Será bom fazer isto que agora me apetece?”.
Perguntavam como quem pergunta o caminho para certo lugar. Queriam
ser felizes.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
E eram livres, sim.
Homem livre é aquele que quer ir a um lugar e procura o caminho, e
vai mesmo que encontre obstáculos e dificuldades.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
A tristeza é um
sinal evidente de que andamos perdidos. Não a tristeza passageira
que, sem o podermos evitar, nos enche os olhos de lágrimas,
mas a outra: a desilusão crónica, o descontentamento permanente; a
falta de sentido profundo para os êxitos e para os fracassos, para
as dores e para o bem-estar, para as coisas pequenas e para as
grandes.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Costumas ver –
pela rua, em casa, no trabalho – muitas pessoas a transbordar
felicidade?</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Qualquer que tenha
sido o trajeto percorrido, chegamos a um estado no qual se pretendeu
desvincular a felicidade do comportamento. A felicidade foi
associada, em vez disso, a ter coisas, a ter comodidade, a ter
prazer. O que se conseguiu com isso foi esta multidão feita de
pessoas tristes, apesar do altivo aspecto exterior. E uma vida
superficialmente mais fácil, mas dolorosamente amarga no interior do
coração: tantos suicídios, tanta droga, tanta necessidade de
barulho e de agitação, tantas pessoas incapazes de estarem a sós
consigo mesmas…</div>
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Ainda dizemos aos
nossos filhos “Não faças isso”, mas já o dizemos sem
convicção, visto não admitirmos que alguém nos diga isso a nós.
Cada vez mais o dizemos apenas para evitar que façam coisas que nos
incomodem, e não para que venham a ser felizes…</div>
Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-54044939782087747532017-10-21T10:04:00.003-07:002017-10-21T10:04:51.107-07:00A Vila Rica<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/svViHH8IBVg/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/svViHH8IBVg?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-71348368210278662692017-10-15T11:51:00.000-07:002017-10-15T11:51:08.644-07:00A Última Cruzada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/TkOlAKE7xqY/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/TkOlAKE7xqY?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-83648779482551225762017-09-30T07:29:00.001-07:002017-09-30T07:29:28.928-07:00Sociologia do Jornalismo: O episódio do MAM e as criaturas que infestam as redações<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQNNcX78lBa9ooTyO_t0S1eM5O3BefAS-uIhQ6UcBK-tLe0e7bnvX9mTI0YUruQCmQHpRwnBam8-jSq7dPbdPK_Ilv1AwfWI51ZSKnFVr_orvF1mhirENTBL3YO7r3EElxmJJnie0RqMs/s1600/the-world.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="809" data-original-width="1030" height="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQNNcX78lBa9ooTyO_t0S1eM5O3BefAS-uIhQ6UcBK-tLe0e7bnvX9mTI0YUruQCmQHpRwnBam8-jSq7dPbdPK_Ilv1AwfWI51ZSKnFVr_orvF1mhirENTBL3YO7r3EElxmJJnie0RqMs/s320/the-world.png" width="320" /></a></div>
"o Mundo é governado pela opinião" - Gravura publicada em 1641 representando a opinião pública, regada pelos jornais e comandada pelo governznte<br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="color: white; font-size: large;"><span style="font-family: Liberation Serif, serif;">Comentário
do autor, </span><strong><span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><b>Cristian
Derosa</b></span></strong><span style="font-family: Liberation Serif, serif;">:</span></span><br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: large;"><em><span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-style: normal;">A
“performance” apresentada no Museu de Arte Moderna de São Paulo
(MAM) que expôs um homem nu à apreciação de crianças e
adolescentes gerou protestos, mas a jornalista Rita Lisauskas, do
Estadão, reagiu, no </span></span></em><em><span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-style: normal;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Twitter</span></span></span></em><em><span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-style: normal;">,
com ironia à justa indignação do público. Em sua mente
“jornalisticamente correta”, soa absurdo que alguém tente
“cercear” uma “livre expressão”, mesmo que seja criminosa ou
pedófila, pelo simples fato dessas expressões representarem, para o
meio jornalístico do qual ela faz parte, a mais excelsa e intocável
arte. Certamente, para ela, toda a sociedade deve aceitar, em
silêncio, abusos de crianças em museus e escolas e o grande vilão
que a sua mente jornalística consegue visualizar é o MBL (Movimento
Brasil Livre), o maior grau de conservadorismo que ela consegue
perceber.</span></span></em></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<em><span style="color: white; font-family: Liberation Serif, serif; font-size: large;">Rita
Lisauskas é apenas mais um exemplo, entre centenas de jornalistas,
do que aponto no presente artigo.</span></em></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<em><span style="color: white; font-family: Liberation Serif, serif; font-size: large;"><br /></span></em></div>
<div align="left" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.4cm;">
<strong><span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="color: white; font-size: large;">Redações
em espiral: a sociologia do jornalismo</span></span></strong></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: large;"><em><span style="font-family: Liberation Serif, serif;">Em
uma época em que o reforço psicológico e a </span></em><em><span style="font-family: Liberation Serif, serif;">autoafirmação</span></em><em><span style="font-family: Liberation Serif, serif;">
fazem as vezes de valores morais, não há maior apóstolo da
credibilidade jornalística do que o próprio jornalista. Ele é,
portanto, a vítima mais indefesa e mais submetida às forças
psicológicas que se distribuem pela sociedade contemporânea. E,
portanto, a quem menos se deve dar crédito.</span></em></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-family: Liberation Serif, serif; font-size: large;">Toda
a vida moderna gira em torno da socialização, do afago a egos cada
vez mais sedentos de confirmação, a autoimagens hipersensíveis e à
beira do pânico diante da possibilidade de rejeições e do medo do
isolamento, que representaria a morte social. O autoengano, neste
sentido, torna-se uma prática diária de sobrevivência.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: large;"><span style="font-family: Liberation Serif, serif;">O
sociólogo David Riesman diagnosticou esse fenômeno em sua obra </span><em><span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-style: normal;">A
multidão solitária</span></span></em><span style="font-family: Liberation Serif, serif;">,
publicado na década de 1950, no qual destacava a ascensão de um
novo caráter social que chamou de </span><em><span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-style: normal;">alterdirigido</span></span></em><span style="font-family: Liberation Serif, serif;">,
isto é, dirigido pelo outro. Desde a época das suas primeiras
observações a respeito, o foco no ambiente social aumentou
drasticamente. Hoje, ninguém pode estar totalmente imune ao juízo
público. Nas palavras da politóloga Elisabeth Noelle-Neumann, quem
mostra-se indiferente à opinião pública é ou um louco ou um
santo.</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-family: Liberation Serif, serif; font-size: large;">Se
estamos todos individualmente submetidos a essa pressão latente, um
dos principais veículos responsáveis por disseminar a
homogeneização das opiniões e crenças é a grande mídia,
representada especificamente pelos meios noticiosos ou pretensamente
informativos. Esses meios possuem, eles próprios, um ambiente no
qual são produzidas as informações como atividade profissional,
mas também social. Assim como nas ruas, nas repartições, no ponto
de ônibus, na fila do banco ou no caixa do supermercado, as redações
dos jornais fornecem um ambiente social especialmente fértil à
transmissão de comportamentos e condutas imitativas. O jornalista
está sujeito às mesmas forças que o restante da opinião pública,
mas carrega consigo muito mais motivos para depositar credibilidade
no seu próprio trabalho, pelas mesmas razões psicológicas
presentes no restante da sociedade: a autoafirmação, o desejo
mimético de pertencimento à classe dos informadores e a
solidariedade da categoria. Mas há algo mais.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-family: Liberation Serif, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: large;"><strong><span style="font-family: Liberation Serif, serif;">Universidade:
onde tudo começa</span></strong><span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><br />
Formado
por pessoas oriundas das universidades, locais em que hoje vigora o
vício em álcool, drogas como maconha e opiniões superficiais, o
jornalista chega à redação com crenças tanto mais firmes e
convictas quanto menos fundamentadas em fatos ou experiências. O
ambiente universitário, especificamente o do jornalismo,
fundamenta-se na disseminação de uma imagem de sociedade que
independe de experiências ou vivências reais. Pelo contrário: toda
experiência real deve, por força e pressão do pertencimento à
nova classe, ser moldada e ressignificada dentro das categorias
presentes na imagem ideológica de sociedade que foi aprendida em
sala de aula. E a força persuasiva dessa imagem não está de forma
alguma na força dos seus postulados, no rigor da observação,
tampouco na credibilidade intelectual ou pessoal do professor. A
maior força de persuasão está no próprio compartilhamento das
crenças pelos membros do grupo, uma vez que isso fortalece, não a
crença ou conjunto de crenças em si mesmos, mas o pertencimento do
indivíduo àquela comunidade pretensamente pensante.</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: large;"><br />
</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: large;"><em></em></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-size: large;"><span style="font-family: Liberation Serif, serif;">O
fator catalisador das ideias e opções ideológicas e idealistas
está, sem sombra de dúvida, na permanente e onipresente
socialização a que o estudante universitário se vê submetido
desde a entrada às portas daquilo que crê ser o “templo do
conhecimento”. Hoje as universidades estão rodeadas de bares e
cervejarias, bem o contrário do que um ingênuo observador poderia
supor ao imaginar um </span><em><span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-style: normal;">campus</span></span></em><span style="font-family: Liberation Serif, serif;"> circundado
por livrarias, cafés e museus. A vida universitária de nossas
cidades foi, já há algumas décadas, reduzida àquilo que antes era
reservado aos estratos mais baixos da vida urbana, às periferias não
apenas geográficas, mas morais. O mundo ordinário do estudante há
muito deixou de ser o das letras e das artes para precipitar-se à
mais baixa escala de existência. Uma mudança desse tipo, de graves
consequências para milhares de vidas individuais, não pode ser
esquecido quando tentamos compreender o conteúdo abjeto de notícias
advogando em favor de crimes como pedofilia, uso de drogas e
assassinatos. Também não nos deve impressionar uma decadência
desse tipo.</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-family: Liberation Serif, serif; font-size: large;">Cada
vez mais estudos apontam para uma verdadeira epidemia de depressão e
ansiedade em estudantes universitários. Até mesmo casos de
esquizofrenia e surtos psicóticos não são raros. A exposição a
drogas e socialização constante produz evidentemente um aumento nos
níveis de ansiedade e demandas maiores por atividade social, o que
no meio universitário é facilmente confundido com estudo, atividade
social, ativismo e uma gama de coisas vistas hoje somente em seu
caráter positivo.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-family: Liberation Serif, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><strong><span style="font-family: Liberation Serif, serif;">A
redação</span></strong><span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><br /></span></span></div>
<span style="color: white;"><span style="font-family: Liberation Serif, serif;">
Chegada
a formatura, o jornalista recém formado se crê no direito de ser
contratado pelos jornais proeminentes e, tão logo o consiga, sabe
que tem o dever de transformar a sociedade naquilo que seus
professores o ensinaram. Mas, chegado ao ambiente social da redação,
tudo muda. Até mesmo o idealismo universitário pode ser deixado de
lado em nome da adaptação social ao novo grupo. O chefe, o colega,
os “famosos” da redação, os exemplos dos quais todos falam,
aquele repórter premiado que passa na redação distribuindo
brincadeiras íntimas sem, no entanto, aceitar muita proximidade. O
recém chegado adoraria ser amigo dele. Eis o objetivo profissional
inicial e imediato. Tão logo se tornar aceito e integrante daquelas
brincadeiras, será notado pelo editor-chefe. Este é o critério
inicial e a demora ou incapacidade de perceber isso pode representar
a ruína ou o ostracismo editorial: ser relegado à diagramação ou
a algum outro setor já previamente estigmatizado como depósito de
inúteis sociais. O inútil social é alguém que não foi capaz de
conquistar o sorriso do chefe (ou dos colegas que o fizeram) ou não
atraiu para si qualquer interesse ou simpatia, o que indicaria a
submissão às ordens dadas sempre em tom de confiança. Ordens estas
que significam obviamente opções muito claras em direção a
políticas editoriais vindas de cima.</span></span><br />
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-family: Liberation Serif, serif;">Em
suma: todos precisam demonstrar afabilidade e flexibilidade extremas,
que beiram o puxa-saquismo e a tolerância com humilhações, para
comprovar a sua utilidade a um sistema de obediência absurdamente
rígido, mas que aparenta ser apenas um jogo social necessário ou
inevitável.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white; font-family: Liberation Serif, serif;">O
problema por trás do que chamamos muito genericamente de “militância
esquerdista nas redações”, não é uma questão ideológica. O
que viabiliza toda a transmissão de ideias é, na verdade, a
submissão psicológica, a dependência social em que indivíduos são
cooptados não em nome de ideais, mas da sua sobrevivência social e
profissional. Uma minoria dos jornalistas e repórteres possuem
crenças fixas e convictas. A grande massa disforme de profissionais
está apenas sujeita a uma rede de ameaças emocionais que forma um
sistema psicótico de produção de histéricos em série. Nada disso
pode ser possível sem aquela dependência longamente construída na
universidade, regada a muito álcool, drogas e uma vida moral pautada
pela imitação de comportamentos, incrementos à
hipersensibilização, distanciamento da realidade e confusão entre
realidade e mundo social abstrato.</span></div>
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-86152877179032023272017-09-12T08:35:00.000-07:002017-09-12T08:35:10.293-07:00O Google e a Hipocrisia Moderna<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib-X1v37wwrVEehbY7YcaJDslIrqG_1WX2Mu1VSv8P9xV8yEUaaaGoONvGoq1HTlUq7ymbaYAJgMervF8z3JdC1L2I9gW58TCOBSgUdLoGpbmKeUpgq3XDucErNK2WqDbqwvR7j6zIPkc/s1600/28.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="495" data-original-width="950" height="165" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib-X1v37wwrVEehbY7YcaJDslIrqG_1WX2Mu1VSv8P9xV8yEUaaaGoONvGoq1HTlUq7ymbaYAJgMervF8z3JdC1L2I9gW58TCOBSgUdLoGpbmKeUpgq3XDucErNK2WqDbqwvR7j6zIPkc/s320/28.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Sans Narrow, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt;"> Um
dos engenheiros de software do Google enviou a toda a companhia um
memorando em que afirmava que a empresa criou uma “câmara de eco
ideológica”. “O Google”, escreveu ele, “possui uma série de
preconceitos, e a ideologia dominante tem silenciado a discussão
honesta sobre estes preconceitos”. A resposta do Google às
afirmações do memorando consistiu, por um lado, em rebatê-las por
palavra, proclamando o seu comprometimento com a diversidade e o
diálogo aberto, e a
confirmá-las, por outro, demitindo o engenheiro que as formulou.</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Sans Narrow, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt;"> Se
você não enxerga a ironia da situação, então você tem
provavelmente a mesma mentalidade que a “ideologia dominante” das
universidades, dos meios de comunicação e das corporações – em
particular, da indústria tecnológica – de hoje. Mas se você foi
capaz de perceber a inconsistência da resposta do Google, então é
provável que já tenha notado uma certa epidemia de “duplipensar”
(termos orwelianos talvez se tenham desgastado pelo uso, mas isso só
foi possível porque eles são cada vez mais apropriados à nossa
realidade.</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Sans Narrow, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt;"> A
controvérsia em torno do memorando do Google é só mais um exemplo
de como o mundo nos diz que devemos ser tolerantes e acolhedores,
permitindo que todas as opiniões e estilos de vida sejam expressos e
vividos….a menos que a sua opinião ou estilo de vida entre em
conflito com os temas dominantes da sociedade secular, em cujo caso
você será publicamente desprezado, e o seu sustento e a sua honra
correrão sérios riscos.</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Sans Narrow, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt;"> Querem
fazer-nos crer, como
diz uma recente representação do seriado Sherlock Holmes, que “Deus
não passa de uma fantasia absurda, concebida para dar alguma
oportunidade profissional ao idiota da família”. E quem o diz são
as mesmas pessoas que sugerem, com toda seriedade, ser possível que
estejamos vivendo uma simulação do tipo “Matrix”.</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Sans Narrow, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt;"> Insistem
que a criança no ventre materno não é uma pessoa humana, embora já
tenha orientação sexual firmemente determinada, mas não a própria
“identidade de gênero” (trata-se, é claro, de um conjunto
metafisicamente inconsistente de afirmações; mas, dizem-nos, a
metafísica foi destruída de vez pelos filósofos iluministas, ainda
que não nos expliquem como, exatamente, eles lograram tal efeito).</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Sans Narrow, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt;"> Dizem-nos
que, para sermos saudáveis, precisamos sacrificar-nos, ter
disciplina, que precisamos ser, efetivamente, atletas em treinamento
(ou, como diríamos em grego, ascetas); nada de gordura saturada;
nada de xarope de milho com altas doses de frutose; distância total
dos carboidratos e do glúten; nem pensar em organismos geneticamente
modificados ou vegetais com agrotóxicos – pelo contrário, como
enormes quantidades de couve e de pescado sustentável, e você
viverá para sempre. Na verdade, dizem eles, deveríamos sobretaxar
ou banir por completo as chamadas “porcarias”, e é assim que, de
uma hora para outra, o preço do seu refrigerante aumenta 12%. No
entanto, à mera sugestão de que outros tipos de apetite devem ser
moderados e controlados – como por exemplo o apetite sexual, que
afeta não apenas a saúde e bem-estar das pessoas envolvidas no ato,
mas tem ainda o potencial de gerar ali mesmo um novo ser humano –
responde-se com uivos de: “Deixe o governo fora do meu quarto!” E
quando perguntamos por que razão o governo teria direito de se
intrometer na sua cozinha, mas não no seu quarto, a única
resposta que podemos esperar são zombarias.</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Sans Narrow, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt;"> </span><span style="font-size: 12pt;">A
expressão “hipocrisia” é frequentemente mal empregada, ou
melhor dizendo, utilizada de forma imprecisa. Um hipócrita, na
maioria das vezes, é visto como alguém que não vive à altura dos
ideais que ele mesmo professa; esta caracterização, no entanto,
parece insuficiente. Ninguém segue com perfeição o próprio código
penal. De fato, todos somos pecadores, necessitados de misericórdia
e da graça de Deus. Ora, se esta definição de hipócrita abrange
todo o mundo e não é capaz de descrever algum atributo constitutivo
da natureza humana, então ela não é lá muito útil. Mas se
acrescentarmos a ela um outro elemento, as coisas começarão a ficar
mais claras. Um hipócrita, com efeito, não é apenas o sujeito que
diz “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. O
hipócrita é aquele que diz “eu tenho permissão de fazer isto,
mas você não”. Os hipócritas aplicam às outras pessoas </span>
Os hipócritas aplicam às outras pessoas critérios distintos dos
que eles aplicam a si mesmos. Não se trata, portanto, de fracassar
em observar as próprias regras; é uma questão de querer submeter
os outros a um conjunto de regras diferente daquele a que o hipócrita
mesmo se submete.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Sans Narrow, sans-serif;">É
justamente isto que verificamos nos exemplos acima. Em todos eles, as
pessoas pensam ser perfeitamente coerente agir de forma incoerente. É
em nome do diálogo aberto que o Google manda um funcionário embora,
pelo simples fato de ele querer ter um diálogo aberto. Chamam a Deus
uma “ideia absurda”, e ao mesmo tempo propõem como modelo
explicativo do mundo uma ideia flagrantemente absurda. Afirmando que
os fetos ainda não são seres humanos, o pensamento social da moda
reconhece no feto, não obstante, determinadas características que
só um ser humano poderia ter. Exigindo liberdade de toda e qualquer
coação externa, o ativista pretende policiar nos mínimos detalhes
a dieta alheia.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Sans Narrow, sans-serif;">Ora,
a raiz dessa hipocrisia não é senão o desejo de controlar os
demais. Os hipócritas desejam que todos cumpram a cláusula do
contrato, enquanto eles mesmos vivem livres e desimpedidos de
qualquer obrigação. Os hipócritas tendem a usar o “plural não
inclusivo” — noutras palavras, quando dizem “nós”, o que na
verdade estão dizendo é: “vocês todos, menos eu”. A classe
política, só, poderia oferecer-nos uma multidão de exemplos: há
os que se opõem à isenção de impostos para ricos e, ao mesmo
tempo, fazem de tudo para contornar a taxação e, assim, pagar muito
menos do que o “povo trabalhador” que eles dizem representar; há
os que elaboram leis de seguridade médica que oprimem a população
com planos de saúde obrigatórios e impagáveis, reforçados ainda
por cláusulas penais contra os inadimplentes, planos porém de que
eles mesmos estão isentos; há os que dão a volta no mundo em seus
jatos particulares, denunciando a emissão de gases e o desperdício
de recursos; há ainda os que negam a concessão de cheques escolares
e tecem loas ao sistema público de educação, quando os seus
próprios filhos frequentam colégios particulares caríssimos. E a
lista poderia crescer indefinidamente.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Liberation Sans Narrow, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;">Em
nome da liberdade, impõe-se a conformidade. É a “ditadura do
relativismo” de que falava o Papa Emérito Bento XVI. </span></span><strong><span style="font-family: Liberation Sans Narrow, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;"><b>É
a ascensão da classe dos tecnocratas, que modelariam uma humanidade
nova, enquanto eles mesmos permanecem intocados, inalterados,
desimpedidos</b></span></span></strong><span style="font-family: Liberation Sans Narrow, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;">,
como já prenunciava C. S. Lewis em </span></span><em><span style="font-family: Liberation Sans Narrow, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;"><span style="font-style: normal;">A
Abolição do Homem</span></span></span></em><span style="font-family: Liberation Sans Narrow, sans-serif;"><span style="font-size: 13pt;">.
Só uma visão alternativa, que arraste consigo os corações com a
força da verdade, do bem e da beleza, pode fazer frente a tudo isso:
uma visão do homem como imagem de Deus, digno em si mesmo, valioso,
inestimável, criado para unir-se ao seu Criador. Assim entendido, o
homem não pode ser controlado ou manipulado; antes, tem o direito de
amadurecer, o que não vai acontecer enquanto o obrigarem a viver à
base de couve.</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, Droid Serif, serif;"><span style="font-size: 13pt;">Fonte:
</span></span><a href="http://www.crisismagazine.com/2017/hypocrisy-modern-world" target="_blank"><span style="text-decoration-line: none;"><span style="font-family: Georgia, Droid Serif, serif;"><span style="font-size: 13pt;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Crisis
Magazine</span></span></span></span></a><span style="font-family: Georgia, Droid Serif, serif;"><span style="font-size: 13pt;"><br />
Tradução,
adaptação e divulgação: Equipe CNP –
</span></span><a href="https://padrepauloricardo.org/" target="_blank"><span style="text-decoration-line: none;"><span style="font-family: Georgia, Droid Serif, serif;"><span style="font-size: 13pt;">https://padrepauloricardo.org</span></span></span></a></div>
Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-41209784671516726742017-08-25T17:58:00.001-07:002017-08-25T17:58:39.064-07:00O Que? Você Quer Ser Freira?<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">Encontro-me
na condição pouco frequente — ao menos no século em que vivemos
— de ser mãe de uma jovem que viu, ao longo dos últimos dois
anos, quatro de suas amigas entrarem para um convento. Três delas
são postulantes e esperam ser admitidas à clausura de um Carmelo.
Elizabeth, minha filha, participou de mais chás de panela de noivas
de Cristo do que de noivas comuns. Não que isso seja ruim. Pelo
contrário, é algo muito bom. Para mim, a parte mais difícil e
complicada dessa experiência tem sido explicá-la aos demais, mesmo
aos católicos com quem tenho mais contato. Flannery O'Connor estava
certo ao dizer: "Descobrireis a verdade e a verdade vos fará
esquisitos". </span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>Hoje
em dia, uma jovem católica que abdica livremente do mundo para ir
enclausurar-se num convento é algo que chama a atenção de qualquer
pessoa</b></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">.</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">Todas
essas jovens que decidiram consagrar-se à vida religiosa são
atraentes, dinâmicas, inteligentes e talentosas. Nenhuma delas teria
problema no "mundo real" para encontrar um bom emprego,
conseguir uma casa legal e arranjar um belo marido. Como tudo isso é
verdade, a resposta mais comum que escuto depois de comentar que
Hannah, ou Brigitta, ou Michaela ou Lisa foram para um convento é:
"Nossa, mas ela é tão… bonita, esperta, capaz, talentosa!" </span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>A
resposta vem sempre com um tom de perplexidade e pesar</b></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">.</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;">Não que eu mesma
esteja imune a esse tipo de reação. Fui à tomada de hábito de
Hannah, amiga de minha filha, e estive perfeitamente consciente,
durante toda a celebração, de que os pais dela estavam sentados bem
à minha frente no banco da igreja. Peguei-me meditando na quantidade
de dinheiro que eles investiram na educação da filha; pensei nos
feriados que eles passariam sem ela, na ausência que sentiriam no
dia-a-dia, nos netos que nunca teriam. Estes pensamentos, para ser
sincera, impediram-me de participar da alegria serena daquela manhã,
e quando me dei conta, no café após a Missa, de que estava sentada
cara a cara com os pais de uma moça que entrara para o Carmelo um
ano antes, comecei a perguntar-me sobre a dificuldade de conviver com
uma tal decisão. Os pais de Brigitta pareciam agradecidos, embora
manifestassem um pouco da tristeza que sentiram quando a filha quis
ir para a clausura; mas eles, ainda assim, repetiam vez por outra o
mesmo refrão: "Brigitta está em paz".</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">Depois
do café, foi a hora das despedidas. Meu marido, minha filha e eu
entramos em uma sala em que Hannah, tranquila com seu hábito marrom
e seu véu, estava sentada atrás de uma grade. Naquele pequeno
cômodo senti-me confortada com um fato que fez desvanecer todos os
pensamentos e receios que até então estive alimentando: </span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>Hannah
estava radiante de alegria</b></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">.
Era uma alegria tão palpável que se irradiava, como se fora uma
força física no quarto. </span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>Todas
as minhas perguntas, dúvidas e medos desapareceram diante da força
daquele contentamento</b></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">.</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">Infelizmente,
a maior parte de meus familiares e amigos católicos não
testemunharam o momento. Eles são sensatos o bastante para não
soltar um "Ah, mas que desperdício!" quando uma jovem
decide tornar-se religiosa; mas, mesmo assim, o sentimento de pesar
está claramente estampado em seus rostos, deixa-se entrever em seu
próprio tom de voz. Na verdade, a grande pergunta que a todos
aflige, mas que ninguém ousa confessar, é: </span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>por
que uma moça que tem tudo fugiria deste mundo maravilhoso para
esconder-se num convento?</b></span></span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">Somadas
à minha, essas reações fizeram-me pensar profundamente durante as
últimas semanas. O que reações como essas dizem-nos sobre quem nós
somos — não sobre quem dizemos ser, mas sobre quem realmente
somos? Enquanto voltávamos para casa depois da cerimônia de tomada
de hábito de Hannah, pensei comigo: "</span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>Essas
meninas se comportam como se realmente acreditassem em tudo isso. Meu
Deus, elas </b></span></span><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><i><b><em>realmente</em></b></i></span></span><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b><strong> acreditam</strong></b></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">".
O que me veio à mente em seguida, é claro, foi: "E eu, também
acredito?" O que a minha própria reação — perguntei-me —
diz sobre o que verdadeiramente creio? Acaso tenho vivido como se
cresse de fato em tudo isso? Se não, como seria a minha vida se eu
acreditasse mesmo?</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;">Não se trata de
perguntas fáceis. Até certo ponto, estou com a consciência
tranquila: sou sacramentalmente uma católica em união com a Igreja;
criei três filhos, que são ainda hoje, como jovens adultos,
católicos praticantes; dou aulas em uma universidade católica e
conferências em minha arquidiocese sobre temas católicos; escrevo
artigos para revistas católicas que são bem recebidos pelos
leitores. Tudo muito bom, tudo muito bem. No entanto, minha reação
à entrada destas moças num convento é um sintoma muito incômodo
para ser ignorado. E não penso estar sozinha.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">Vários
anos atrás, uma jovem religiosa das Irmãs do Bom Pastor deu em um
colégio católico local uma pequena palestra sobre vocações. Ela
nos disse que, ao contar à sua família, aliás muito católica, que
se sentia chamada e havia decidido entrar no noviciado, sua irmã
exclamou, espantada: "</span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>Se
eu soubesse que ia dar nisso, jamais teria feito aquela Oração
pelas Vocações!</b></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">"
Outra jovem católica, depois de passar alguns anos sem namorar,
apesar das muitas oportunidades, finalmente confessou à família ter
sentido atração por outra mulher e que, por isso, estava decidida a
viver castamente, como uma mulher católica. Foi então que um
parente seu disse: "Que alívio! Graças a Deus por você ser
apenas </span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><i>gay</i></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">!
Todos estávamos pensando que você ia se tornar freira".</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">Ora,
o que tudo isso nos revela sobre o nosso mundo, em que </span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>as
famílias têm cada vez mais facilidade em lidar com um filho </b></span></span><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><i><b><em>gay</em></b></i></span></span><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b><strong> do
que com uma filha carmelita?</strong></b></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"> A
resposta, penso eu, é muito clara. </span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>Vivemos
numa cultura em que tudo deve ser aceito, tolerado e até mesmo
comemorado</b></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">.
Nesse mundo, nenhuma decisão pode ser condenada como muito radical
ou estranha, </span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>exceto
a decisão de consagrar inteiramente a própria vida — bela,
talentosa, inteligente — a Cristo e somente a Cristo</b></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">.
Isso é muito esquisito, muito estranho, muito duro.</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">Mas
talvez isso não devesse ser surpresa. Jesus, no fim das contas,
nunca disse: "Segui-me, e ficareis bem na fita com vossos
colegas!" Ele nunca disse: "Tomai vossa cruz, e os vossos
amigos dirão: 'Que maravilha! Meus parabéns!'" O que Jesus
disse foi: "Sereis odiados de todos por causa de meu nome"
(</span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><i>Mt</i></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"> 10,
22). Ao longo dos Evangelhos, Ele avisa os Doze de que </span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>as
pessoas rejeitarão violentamente a quantos O seguirem</b></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">.</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;">Edith
Stein</span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"> (irmã
Teresa Benedita da Cruz) lembra-nos de que Jesus "pergunta a
cada um de nós: Tu permanecerás fiel ao Crucificado? Pensa-o
bem!... Se te decidires por Cristo, isto pode custar-te a vida".
Edith Stein diz-nos que a cruz cria divisão "entre aqueles cujo
principal amor é Deus e aqueles cujo principal amor é o próprio
eu". Do mesmo modo, São Paulo ensinou que "a linguagem da
cruz é loucura para os que se perdem" (</span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><i>1Cor</i></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"> 1,
18).</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">Poucos
meses depois de Hannah ter entrado no convento como noiva de Cristo,
participei de um chá de panela de uma jovem que iria casar-se dali a
pouco tempo. Dias antes do casamento, recebi a notícia de que Lisa,
uma das convidadas, estava prestes a ingressar, em coisa de um mês,
numa nova e animada congregação de religiosas, as Escravas do
Sagrado Coração de Jesus. Enquanto a futura esposa abria os
presentes e exclamava de alegria a cada um deles, as mulheres já
casadas sorriam e se olhavam entre si. Mary-Catherine, a jovem noiva,
escolheu casar-se, e nós conhecemos bem essa escolha. Nós
"percebemos" de que maneira </span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>a
nossa vocação</b></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"> —
a vocação para o casamento — </span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>é
nosso caminho para o céu</b></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">.</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">A
vocação de Lisa para ser Escrava de Cristo, no entanto, nos é
pouco familiar. A vocação matrimonial pode levar-nos para o céu,
mas, </span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><a href="http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/apost_exhortations/documents/hf_jp-ii_exh_25031996_vita-consecrata.html#fnref60" target="_blank">como
o Papa São João Paulo II sabiamente nos recorda</a></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">,
é a vida de Lisa que irá refletir, da forma mais precisa, o que
será o Reino dos Céus: "</span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>A
vida consagrada anuncia e de certo modo antecipa o tempo futuro</b></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">,
quando, alcançada a plenitude daquele Reino dos Céus que agora está
presente apenas em gérmen e no mistério, os filhos da ressurreição
não tomarão esposa nem marido, mas serão como anjos de Deus
(cf. </span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><i>Mt</i></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"> 22,
30)" [1].</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">Uma
das convidadas ao chá de panela de Mary-Catherine, ao ficar sabendo
do chamado de Lisa, disse-me em particular: "Nossa... Então,
nada de sexo, nem de marido, nem de filhos. E o que acontece se ela
deixar tudo e descobrir depois que estava errada? E se esta vida aqui
for a única que temos, e ela estiver abandonando tudo em troca de
nada?" Trata-se, certamente, de uma questão desconcertante. Mas
uma questão, ainda mais importante para o resto de nós, deveria
ser: "</span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>E
se ela estiver certa?</b></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">"</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>Toda
e qualquer vocação, quando aceita e vivida de modo adequado, é um
caminho que nos conduz a Deus</b></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">.
Para muitos de nós, este caminho é o matrimônio; para outros, uma
vida casta de solteiro. Deus nos dá tudo de que precisamos, e as
nossas vocações pessoais estão perfeitamente ajustadas ao
temperamento e às disposições de que Ele nos dotou. Mesmo assim,
ainda vale a pena perguntar-nos, qualquer que seja o caminho que
estamos trilhando nesta vida: "Como seria a minha vida se eu a
vivesse como quem realmente tem fé? Eu pareceria estranho aos olhos
do mundo? A minha vida é um sinal, uma contradição, uma pedra de
tropeço? Se não, por que não?"</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;">São questões sobre
as quais vale a pena refletir.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzpIIXqZz37sV7bHul0BMo8_FTZBYcIcoE3w3FRG-Xm4Jj27XkzeueFV3HIgYeR8a3t2XlXh1YUtR8vG7WqQYJMVBU-5F5Xp7mlCo9STPuOWASP_pQTuW3zfKanzIMnQEzgArJcbsR-PI/s1600/freira-blog-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzpIIXqZz37sV7bHul0BMo8_FTZBYcIcoE3w3FRG-Xm4Jj27XkzeueFV3HIgYeR8a3t2XlXh1YUtR8vG7WqQYJMVBU-5F5Xp7mlCo9STPuOWASP_pQTuW3zfKanzIMnQEzgArJcbsR-PI/s320/freira-blog-2.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-8652559482467351842017-08-23T15:11:00.000-07:002017-08-23T15:11:00.605-07:00Ainda Existe Um Lugar<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Ainda
Existe Um Lugar</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: white;"><br />
</span></div>
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Venha
sentir a paz que existe aqui nos campos<br />
O ar é puro e a
violência, não chegou<br />
O céu bem limpo e muito verde pela
frente<br />
Uma vertente que não se contaminou<br />
Pela manhã, o
sol nascente vem sorrindo<br />
E os passarinhos cantam hinos, no
pomar<br />
O chimarrão tem um sabor de esperança<br />
E a criança
traz o futuro no olhar<br />
<br />
De tardezita, tem os banhos no
riacho<br />
Jogo de truco junto à sombra do galpão<br />
Uma purinha
que faz rima contra o mate refrão<br />
E o cão que late contra o
guaxo, no oitão<br />
<br />
O anoitecer nos apresenta mais
estrelas<br />
Entre o silêncio que da paz, para o luar<br />
De vez
em quando um cometa incandescente<br />
Se faz presente para um pedido
repontar<br />
Aqui a verdade ainda reside em cada alma<br />
Se aperta
firme quando<br />
Alguém lhe estende a mão<br />
Se dá
exemplo de amor, fraternidade<br />
Aos da cidade que não sabem pra
onde vão</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"><br /></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_bm2WWIzfU7bflsxGU-76QzPae7GlZGtj4bN8SJSXE-_2lE6e_wF-BSwle3nYojw0d5MBY0KmPFUjXdyZpNIPXKYin6JSckLBfxhuwK985A_0l3vUJQ9hyphenhyphen929pM47kFcayfFLye89nDY/s1600/Bjorn+Thorkelson+19.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="574" data-original-width="720" height="255" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_bm2WWIzfU7bflsxGU-76QzPae7GlZGtj4bN8SJSXE-_2lE6e_wF-BSwle3nYojw0d5MBY0KmPFUjXdyZpNIPXKYin6JSckLBfxhuwK985A_0l3vUJQ9hyphenhyphen929pM47kFcayfFLye89nDY/s320/Bjorn+Thorkelson+19.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"> </span></span></span>
</div>
Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-36293667830463567972017-08-23T15:05:00.001-07:002017-08-23T15:05:37.547-07:00Sonhos de Uma Flauta<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Sonhos
de Uma Flauta</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br />
</span></span></div>
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Nem
toda palavra é<br />
Aquilo que o dicionário diz<br />
Nem todo
pedaço de pedra<br />
Se parece com tijolo ou com pedra de giz<br />
<br />
Avião
parece passarinho<br />
Que não sabe bater asa<br />
Passarinho voando
longe<br />
Parece borboleta que fugiu de casa<br />
<br />
Borboleta
parece flor<br />
Que o vento tirou pra dançar<br />
Flor parece a
gente<br />
Pois somos semente do que ainda virá<br />
<br />
A gente
parece formiga<br />
Lá de cima do avião<br />
O céu parece um chão
de areia<br />
Parece descanso pra minha oração<br />
<br />
A nuvem
parece fumaça<br />
Tem gente que acha que ela é algodão<br />
Algodão
as vezes é doce<br />
Mas as vezes é doce não<br />
<br />
Sonho
parece verdade<br />
Quando a gente esquece de acordar<br />
E o dia
parece metade<br />
Quando a gente acorda e esquece de levantar<br />
Ah
e o mundo é perfeito<br />
Hum e o mundo é perfeito<br />
E o mundo é
perfeito<br />
<br />
Eu não pareço meu pai<br />
Nem pareço com meu
irmão<br />
Sei que toda mãe é santa<br />
Sei que incerteza traz
inspiração<br />
<br />
Tem beijo que parece mordida<br />
Tem mordida
que parece carinho<br />
Tem carinho que parece briga<br />
Briga que
aparece pra trazer sorriso<br />
<br />
Tem riso que parece choro<br />
Tem
choro que é por alegria<br />
Tem dia que parece noite<br />
E a
tristeza parece poesia<br />
<br />
Tem motivo pra viver de novo<br />
Tem
o novo que quer ter motivo<br />
Tem a sede que morre no seio<br />
Nota
que fermata quando desafino<br />
<br />
Descobrir o verdadeiro sentido
das coisas<br />
É querer saber demais<br />
Querer saber
demais<br />
<br />
Sonho parece verdade<br />
Quando a gente esquece de
acordar<br />
E o dia parece metade<br />
Quando a gente acorda e
esquece de levantar<br />
Mas o sonho parece verdade<br />
Quando a
gente esquece de acordar<br />
O dia parece metade<br />
Quando a gente
acorda e esquece de levantar<br />
Ah e o mundo é perfeito<br />
Mas o
mundo é perfeito<br />
O mundo é perfeito...</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"><br /></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisT6smsZuFnIrPATc3ocCzAoigH9GuBr6UOuZFl4-r8HYpwyYoEsXjHLf4rUiVeDNlmicyWZwI_Gx_vK_fMy9pYH48K3OoICMtTQbOonOJz9LzDnZr4XPwbpCNXAgV4FGut9M6ihXk_qU/s1600/5037c8e9ea0f037cf4f98710780e221e.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="662" data-original-width="500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisT6smsZuFnIrPATc3ocCzAoigH9GuBr6UOuZFl4-r8HYpwyYoEsXjHLf4rUiVeDNlmicyWZwI_Gx_vK_fMy9pYH48K3OoICMtTQbOonOJz9LzDnZr4XPwbpCNXAgV4FGut9M6ihXk_qU/s320/5037c8e9ea0f037cf4f98710780e221e.jpg" width="241" /></a></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"> </span></span></span>
</div>
Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-30381582735136057712017-08-23T14:58:00.000-07:002017-08-23T14:59:24.897-07:00Trem de Lata<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: white;">Trem de Lata</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></div>
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Uma
velha ferradura pendurada</span></span></span><br />
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Feito
o sino dá licença na estação</span></span></span><br />
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Pra
que o velho trem de lata em disparada</span></span></span><br />
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Chegue
a tempo no outro lado do galpão</span></span></span><br />
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span>
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Orelhano
não tem marca registrada</span></span></span><br />
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">E
o seu trilho é o próprio rastro pelo chão</span></span></span><br />
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Lá
no cocho das galinhas tem parada</span></span></span><br />
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Pra
o foguista abastecer o seu vagão</span></span></span><br />
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span>
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Lata
aberta toda a volta vai a carga</span></span></span><br />
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Encontrada
pelo meio do terreiro</span></span></span><br />
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">E
as fechadas onde a ponta não se larga</span></span></span><br />
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Eram
só para vagões de passageiros</span></span></span><br />
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span>
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Toda
vez que o pai chegava com sortido</span></span></span><br />
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">O
piazito ia correndo ver se vinha</span></span></span><br />
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Pra
tornar seu trem de lata mais comprido</span></span></span><br />
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Entre
as compras uma lata de sardinha</span></span></span><br />
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span>
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Mas
o tempo foi passando e o que era lindo</span></span></span><br />
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Disse
adeus ao sentimento conquistado</span></span></span><br />
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">E
o expresso fantasia foi sumindo</span></span></span><br />
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Do
cenário pelo túnel do passado</span></span></span><br />
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 10pt;">Eram
só para vagões de passageiros</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"><br /></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8xSkTP5No1yClqTD4CWi2-3hQTvhhpjlA5uvJVtIZmWCmNW0vkcXuwfA3aFlFDTVYWKurEmNbmzPGcatzeYGzsUbTQUWh0S8AfJsGFY9En5QW00gNdcMT5TGnEaZ3gNBw1h3niFNQFcY/s1600/dbd171cb1c84ebf89f8f1a68dbc21d99--steam-engine-steam-locomotive.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="545" data-original-width="736" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8xSkTP5No1yClqTD4CWi2-3hQTvhhpjlA5uvJVtIZmWCmNW0vkcXuwfA3aFlFDTVYWKurEmNbmzPGcatzeYGzsUbTQUWh0S8AfJsGFY9En5QW00gNdcMT5TGnEaZ3gNBw1h3niFNQFcY/s320/dbd171cb1c84ebf89f8f1a68dbc21d99--steam-engine-steam-locomotive.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"><br /></span></span></span></div>
Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-63496081408606309432017-04-23T07:06:00.000-07:002017-04-23T07:06:09.618-07:00Manhãs de Abril<span style="background-color: #444444; color: white;"><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">Manhãs de Abril - Oriza Martins</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">Foi-se o sol do verão</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">e ainda não é inverno</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">abaixo do Equador</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">na fresca manhã de outono</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">sopra um vento doce, terno</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">Se para alguns é o outono</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">do verão a despedida</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">para outros representa </span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">a celebração da vida</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">da vida em recolhimento</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">no ventre da natureza</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">a voltar na primavera</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">em toda sua grandeza</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">Aproveito este momento</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">quero curtir a magia</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">misto de melancolia</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">que me enche de emoção</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">Se este abril vai passar</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">,para minha consolação</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">outros hão de retornar</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;"><br style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;" /></span><span style="font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">me encantando o coração</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9KZICN85mzr7MBbynDCaNRZ34-FDbAAouhFA4-40Y97Yu3VpLwYrfs9KH7IhFAKoD4bMohxll3fqweGop1BYSzeli9sfJESv_hK0Nb09m4Z0SP-g52R_vOmhW1e2haL4kxDXV7dqNVHo/s1600/end_of_summer_by_eveningstars242-d5ghvax.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9KZICN85mzr7MBbynDCaNRZ34-FDbAAouhFA4-40Y97Yu3VpLwYrfs9KH7IhFAKoD4bMohxll3fqweGop1BYSzeli9sfJESv_hK0Nb09m4Z0SP-g52R_vOmhW1e2haL4kxDXV7dqNVHo/s320/end_of_summer_by_eveningstars242-d5ghvax.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-88515686977482424242017-04-01T16:06:00.001-07:002017-04-01T16:06:44.192-07:00O Amor Cristão Não é o Amor de Telenovelas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWoe0aRzClcl7t8uotLcrRDO0Piqj08xLIBeIHenjT-OtDgonwLu7PmVaX9vt7N_NKgxCsDKzLSx_31n62O-f4YYI7OljtU16e6_huhJaL3r7cPWWODe1kJZslTNXRYhBAT3_Joxin4uk/s1600/sjoaoevangelista.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWoe0aRzClcl7t8uotLcrRDO0Piqj08xLIBeIHenjT-OtDgonwLu7PmVaX9vt7N_NKgxCsDKzLSx_31n62O-f4YYI7OljtU16e6_huhJaL3r7cPWWODe1kJZslTNXRYhBAT3_Joxin4uk/s320/sjoaoevangelista.jpg" width="265" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: white;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;">Na homilia desta
quinta-feira, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco sublinhou a
concretude do amor cristão. Comentando o trecho da Primeira Carta de
São João – "Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece
conosco e seu amor é plenamente realizado em nós" (1 Jo 4, 12)
–, ele explicou que "permanecer no amor" de Deus não é
tanto um êxtase do coração, "uma coisa agradável de sentir":</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"> "</span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>Veja
que o amor do qual fala João não é o amor de telenovelas!</b></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"> Não,
é outra coisa. O amor cristão tem sempre uma qualidade: a
concretude. O amor cristão é concreto. O mesmo Jesus, quando fala
de amor, fala de coisas concretas: alimentar os famintos, visitar os
doentes e muitas coisas concretas. (...) E quando não há essa
concretude, pode-se viver um cristianismo de ilusão, porque não se
entendeu bem onde está o centro da mensagem de Jesus. Não chega
esse amor a ser concreto: é um amor de ilusão, como esta ilusão
que tiveram os discípulos quando, vendo Jesus, acreditaram que fosse
um fantasma."</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"> O Santo Padre disse
que a confusão em identificar o verdadeiro amor é fruto de um
coração insensível. "Se você tem o coração endurecido, não
pode amar e pensa que o amor é imaginar coisas. Não, o amor é
concreto". Ele também indicou dois critérios sobre os quais se
funda esta concretude do amor cristão:</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"> "Primeiro
critério: amar com as obras, não com as palavras. As palavras são
lançadas ao vento! Hoje elas são, amanhã não são. </span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>Segundo
critério de concretude é: no amor é mais importante dar que
receber. Aquele que ama dá, dá... Dá coisas, dá a vida, dá a si
mesmo a Deus e ao outro. Mas quem não ama, que é egoísta, sempre
procura receber, sempre quer ter coisas, ter vantagens.</b></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">"</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"> A
contraposição que o Papa faz do "amor cristão" e do
"amor de telenovelas" mostra a grande deturpação que os
meios de comunicação têm feito da verdadeira caridade. De fato,
são muitos os mass media "que ridicularizam a santidade do
matrimônio e a virgindade antes do casamento"</span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 7pt;"><a href="https://padrepauloricardo.org/blog/o-amor-cristao-nao-e-o-amor-de-telenovelas?utm_content=bufferc6cf1&utm_medium=social&utm_source=plus.google.com&utm_campaign=buffer#01">01</a></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">,
degradando o amor a puro "sexo" e transformando-o em
"mercadoria", "uma 'coisa' que se pode comprar e
vender", o que, no fim das contas, mercantiliza "o próprio
homem"</span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 7pt;"><a href="https://padrepauloricardo.org/blog/o-amor-cristao-nao-e-o-amor-de-telenovelas?utm_content=bufferc6cf1&utm_medium=social&utm_source=plus.google.com&utm_campaign=buffer#02">02</a></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">.
Sem falar da tentativa claramente manifesta de passar à sociedade
uma visão totalmente abstrata de família, o que equivale a nada
menos que a sua destruição.</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"> Ao
contrário, o Papa Francisco recorda que "no amor é mais
importante dar que receber". A medida do verdadeiro amor não
são os sentimentos, mas a entrega fiel e constante de si ao bem
amado. Por isso, diz-se que "o ágape exprime-se geralmente de
um modo silencioso e duradouro, sem muito espetáculo"</span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 7pt;"><a href="https://padrepauloricardo.org/blog/o-amor-cristao-nao-e-o-amor-de-telenovelas?utm_content=bufferc6cf1&utm_medium=social&utm_source=plus.google.com&utm_campaign=buffer#03">03</a></span></span></span><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">:
na doação de uma mãe que renuncia aos projetos de carreira para
cuidar de seus filhos pequenos, no sacrifício de um esposo que
batalha diariamente para sustentar sua casa e proteger o seu lar, no
filho que ampara os seus pais na velhice etc. Este amor, embora
escondido e marcado pela experiência do sofrimento, traz à alma a
verdadeira alegria.</span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"> "Ninguém tem
maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos" (Jo
15, 13). Em um mundo onde as pessoas parecem valorizar mais o eros
que o agape, os cristãos são chamados a seguir o exemplo de Jesus
Cristo, que doou-se até o extremo da Cruz. Como diz São Francisco
de Sales, "o Calvário é a montanha dos que amam".</span></div>
<br />Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-24051469832488669592017-03-31T15:59:00.001-07:002017-03-31T15:59:16.742-07:00Educação Para a Vida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/weYxCI6qopI/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/weYxCI6qopI?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-5423460859133640972017-03-31T15:49:00.000-07:002017-03-31T15:51:57.647-07:00A Procura da Poeira<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxQUL01b8ehxpMsYWRGa3N9QnhNECTGhpew_nC5megSVvPkkd0Gy5D3e0gOHYzLSrfLbRlJ5drLfqMhBg_84CAlzBQZ_vY9phyphenhyphen2d-x9vuBdt_HHKI6kDSu7Dq-SoA0fGp5-AKZWAiGplI/s1600/Lucks_ThePoet_3_web.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="237" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxQUL01b8ehxpMsYWRGa3N9QnhNECTGhpew_nC5megSVvPkkd0Gy5D3e0gOHYzLSrfLbRlJ5drLfqMhBg_84CAlzBQZ_vY9phyphenhyphen2d-x9vuBdt_HHKI6kDSu7Dq-SoA0fGp5-AKZWAiGplI/s320/Lucks_ThePoet_3_web.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">A PROCURA DA POESIA</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Não faças versos sobre acontecimentos.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Não há criação nem morte perante a poesia.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Diante dela, a vida é um sol estático,</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">não aquece nem ilumina.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Não faças poesia com o corpo,</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;"><br style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14px;" /></span>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">são indiferentes.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Nem me reveles teus sentimentos,</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;"><br style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14px;" /></span>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;"><br style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14px;" /></span>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">O canto não é a natureza</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">nem os homens em sociedade.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">A poesia (não tires poesia das coisas)</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">elide sujeito e objeto.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;"><br style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14px;" /></span>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Não dramatizes, não invoques,</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">não indagues. Não percas tempo em mentir.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Não te aborreças.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Teu iate de marfim, teu sapato de diamante,</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;"><br style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14px;" /></span>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Não recomponhas</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">tua sepultada e merencória infância.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Não osciles entre o espelho e a</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">memória em dissipação.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Que se dissipou, não era poesia.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Que se partiu, cristal não era.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;"><br style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14px;" /></span>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Penetra surdamente no reino das palavras.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Lá estão os poemas que esperam ser escritos.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Estão paralisados, mas não há desespero,</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">há calma e frescura na superfície intata.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Espera que cada um se realize e consume</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">com seu poder de palavra</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">e seu poder de silêncio.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Não forces o poema a desprender-se do limbo.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Não colhas no chão o poema que se perdeu.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Não adules o poema. Aceita-o</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">no espaço.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;"><br style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14px;" /></span>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Chega mais perto e contempla as palavras.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Cada uma</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">tem mil faces secretas sob a face neutra</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">e te pergunta, sem interesse pela resposta,</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">pobre ou terrível, que lhe deres:</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Trouxeste a chave?</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;"><br style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14px;" /></span>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Repara:</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">ermas de melodia e conceito</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">elas se refugiaram na noite, as palavras.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">Ainda úmidas e impregnadas de sono,</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 14px;">rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.</span>Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-59429186273767490612017-01-21T15:01:00.002-08:002017-01-21T15:01:30.261-08:00O Fracasso da Prostituição legal na Holanda<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUIcVfuwjfC52c7iLwqN4N_Suzz0opcvn2JTEedyl1MOPnlVVlIgk6Cj8snH457DWv5yxxwtvCvHlUA3KZZDDcy-PBIGPwhclYg-N5CqZV77uZ1PriPngqhhYsGMgkuefUNWY89weEGPw/s1600/Distrito_de_luz_vermelha_Holanda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUIcVfuwjfC52c7iLwqN4N_Suzz0opcvn2JTEedyl1MOPnlVVlIgk6Cj8snH457DWv5yxxwtvCvHlUA3KZZDDcy-PBIGPwhclYg-N5CqZV77uZ1PriPngqhhYsGMgkuefUNWY89weEGPw/s320/Distrito_de_luz_vermelha_Holanda.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: #f3f3f3;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: #f3f3f3;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="color: white;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>Por</b></span></span></span></span><span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"> Julie
Bindel* | </span></span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="color: white;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>Tradução:</b></span></span></span></span><span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"> Equipe
CNP — Há um conhecido quadro de comédia britânico que retrata
dois policiais em Amsterdã, recostados em uma cadeira, se gabando de
que não precisariam mais lidar com o crime de homicídio, porque o
governo holandês já o tinha legalizado. A cena seria cômica, se
não fosse trágica. Em 2000, o governo da Holanda decidiu facilitar
a vida de cafetões, traficantes e apostadores, legalizando o já
maciço e ostensivamente visível comércio de prostituição. A
lógica era tão simples quanto enganadora: tornar as coisas mais
seguras para todo mundo. Fazer disso um trabalho como qualquer outro.
Uma vez que as mulheres estivessem livres do submundo, então, os
bandidos, contrabandistas e traficantes de pessoas iriam cair fora.</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">Agora,
doze anos depois, podemos ver os resultados desse experimento. Ao
invés de proporcionar melhor proteção às mulheres, só fez
aumentar o tráfico. </span></span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="color: white;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>Ao
invés de confinar os bordéis a uma discreta (e evitável) parte da
cidade, a indústria do sexo se espalhou por toda a Amsterdã —
incluindo o meio da rua.</b></span></span></span></span><span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"> Ao
invés de receberem direitos no "ambiente de trabalho", as
prostitutas descobriram que os cafetões são tão brutais como
sempre foram. A união criada pelo governo para protegê-las tem sido
recusada pela vasta maioria das prostitutas, que permanecem
assustadas demais para reclamar.</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">Depois
da legalização, os cafetões foram reclassificados como empresários
e homens de negócios. Os abusos sofridos pelas mulheres são
chamados agora de "acidentes de trabalho", como uma pedra
caída no dedo de um construtor. </span></span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="color: white;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>O
turismo sexual cresceu mais rápido em Amsterdã do que qualquer
outro tipo de turismo: como a cidade se tornou o bordel da Europa,
mulheres têm sido importadas da África, do Leste da Europa e da
Ásia para satisfazer a demanda.</b></span></span></span></span><span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"> Em
outras palavras, os cafetões não só não foram embora, como
ganharam legitimidade — a violência não só prevalece, como se
tornou parte do trabalho, e o tráfico aumentou. O apoio para que as
mulheres deixassem a prostituição ficou praticamente inexistente. </span></span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="color: white;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>A
obscuridade inerente a esse trabalho não foi amenizada pela bênção
da lei.</b></span></span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;">O
governo holandês esperava exercer o papel de "cafetão
honrado", tomando parte do rendimento de prostituição através
de impostos. Mas só 5% das mulheres se registraram para a taxa,
porque ninguém quer ser conhecida como prostituta — não importa o
quão legal isso seja. A ilegalidade simplesmente tomou uma nova
forma, com um aumento no tráfico, nos bordéis clandestinos e no
lenocínio; com a fiscalização completamente fora de cena, ficou
ainda mais fácil quebrar as leis que restaram. Prostituir mulheres
de países que não pertencem à União Europeia, desesperadas por
uma vida nova, continua ilegal, mas nunca foi tão fácil.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;">A
legalização impôs casas de prostituição em áreas de toda a
Holanda, queiram elas ou não. Mesmo se um município ou cidade se
opõe ao estabelecimento de um bordel, ele deve permitir pelo menos
um — não fazê-lo é ir contra o direito federal básico ao
trabalho. Para muitos holandeses, a legalidade e a decência foram
irreconciliavelmente divorciadas. Tudo foi um fracasso social,
jurídico e econômico — e a loucura, finalmente, está chegando ao
fim.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">O </span></span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="color: white;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><i>boom </i></span></span></span></span><span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">dos
bordéis acabou. Um terço dos prostíbulos de Amsterdã foi fechado
por envolvimento com o crime organizado e com o tráfico de drogas e
devido ao aumento no tráfico de mulheres. A polícia agora reconhece
que </span></span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="color: white;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>o
famoso Distrito da Luz Vermelha — a zona de Amsterdã em que se
concentram as casas de prostituição — se transformou em um centro
global de tráfico humano e lavagem de dinheiro.</b></span></span></span></span><span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"> As
ruas estão infiltradas de gangues famintas à procura de jovens
vulneráveis e vendendo-as como virgens que farão o que quer que
sejam mandadas a fazer. Muitos dos envolvidos no comércio regular de
turismo de Amsterdã — com os seus museus e canais — temem que os
seus visitantes desapareçam juntamente com a reputação da cidade.</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">Eu
estive lá recentemente com Roger Matthews, professor de Criminologia
na Universidade de Kent e especialista renomado em tráfico sexual.
Os políticos com quem ele conversou confessam que a legislação
conseguiu piorar uma situação que já estava desagradável. Começa,
então, um trabalho inútil de reparação, com mulheres que alugam
vitrines em breve sendo obrigadas a registrar-se como prostitutas —
uma medida tão inefetiva quanto a obrigação que elas têm de pagar
impostos. Quando a falsa união governamental supostamente
representando as mulheres fez um recrutamento maciço de associados
após a legalização, apenas cem se filiaram, das quais a maioria
eram </span></span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="color: white;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><i>strippers</i></span></span></span></span><span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"> e
dançarinas.</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">Ao
invés de acabar com a corrupção do Distrito da Luz Vermelha, isso
tornou a área mais decadente do que nunca — repleta de turistas
sexuais bêbados agindo como olhadores de vitrine, apontando e rindo
das mulheres que eles vêem. </span></span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="color: white;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>As
mulheres da região atravessam as ruas com as cabeças baixas,
tentando não ver as outras mulheres exibidas como pedaços de carne
em um açougue.</b></span></span></span></span><span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;"> É
possível ver homens entrando nos bordéis, tentando abaixar o preço
do serviço, e outros saindo, enquanto fecham o zíper de seus </span></span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="color: white;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><i>jeans</i></span></span></span></span><span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">.
Muitas das mulheres parecem muito jovens, todas entediadas, a maioria
seminuas, sentadas em banquinhos com os celulares na mão.</span></span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 10pt;">Em
nenhum outro lugar do mundo a prostituição de rua é legalizada,
porque as pessoas não querem isso à vista. Onde há comércio
sexual de rua, mulheres são abordadas no caminho de casa por
apostadores e, frequentemente, camisinhas, parafernália de drogas e
cafetões são visíveis. </span></span></span><span style="border: none; display: inline-block; padding: 0cm;"><span style="color: white;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 10pt;"><b>Mas
a Holanda decidiu em 1996 que a prostituição de rua era uma forma
decente de ganhar dinheiro e criou várias "zonas de tolerância"
para homens alugarem com segurança a entrada do corpo feminino que
desejarem por alguns poucos minutos.</b></span></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: #f3f3f3;">
</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: white;">Um
dia depois de abrirem a zona de Amsterdã, mais de uma centena de
residentes das redondezas tomaram as ruas em protesto. Levou seis
anos para o prefeito admitir em público que o experimento tinha sido
um desastre, um ímã para mulheres traficadas, traficantes de drogas
e meninas menores de idade. Zonas em Roterdã, Haia e Heerlen foram
fechadas em circunstâncias similares. A direção das mudanças é
clara: a legalização será revogada. Ela não significou
emancipação. Ao contrário, resultou no tratamento abusivo,
desumano e degradante das mulheres, porque declara a compra e venda
de carne humana aceitáveis aos olhos da lei. Enquanto o governo
holandês é reformado e passa de cafetão a protetor, terá tempo
para refletir no dano causado às mulheres envolvidas nesse
calamitoso experimento social.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: #f3f3f3;"><br /></span></div>
<div style="border: none; line-height: 0.64cm; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
<br /></div>
<br />Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-12927095925464631922016-12-17T12:33:00.001-08:002016-12-17T12:33:27.665-08:00É Tão Bom Ser Pequenino<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKv5U-f3p3-2xehPU63PidRwwOACByXgJBEVpaSMXVs4Jj-V_ot7vc9BFWXp_-ub652hqa8tw1kTvf-slkwN72nKdBkoWuwMKpofH49yskoTR8pf3Q3own4e59hQjD-mQINq60xONViJ0/s1600/20110304_f875c51d6256t600_537.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKv5U-f3p3-2xehPU63PidRwwOACByXgJBEVpaSMXVs4Jj-V_ot7vc9BFWXp_-ub652hqa8tw1kTvf-slkwN72nKdBkoWuwMKpofH49yskoTR8pf3Q3own4e59hQjD-mQINq60xONViJ0/s320/20110304_f875c51d6256t600_537.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNoSpacing">
Recordo o cheiro dos lençóis lavados, a guerra para lavar
os dentes, histórias contadas antes de adormecer. O desejo de chegar a casa, o
aconchego e, depois, outra vez a vontade de sair.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Corria para a minha mãe quando caía e me magoava. Não
para o meu pai, porque seria preciso dar muitas explicações e ouvir de novo o
racional “Eu já te tinha avisado…”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Um prato especial nos dias de festa. Birras. É preciso
vestir aquela roupa nova. É a tua vez de lavar a louça.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Não sei muito bem a partir de que idade é que os irmãos
deixam de ser irritantes…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Depois do jantar fazíamos jogos e entretínhamo-nos uns
com os outros. Por vezes, quando era verão, saíamos a passear e apanhávamos
pirilampos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
A chuva lá fora, o calor dentro de casa. Um livro. Um
amigo que vem lanchar. Um ralhete porque desta vez passamos dos limites e as
calças vêm cheias de lama. Já te disse tantas vezes que não se deve deixar aí a
roupa suja…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Acordar com um beijo. Adormecer com uma oração.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Natal. Os primos. Visitas a casa dos avós. Brincadeiras.
Às vezes notar, sem notar, uma expressão semelhante a tristeza ou cansaço no
rosto do pai ou no rosto da mãe. Depois, brincadeira de novo. Música, flores,
sorrisos. É tão bom ser pequenino…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Coisas pequenas. Diárias. Vulgares. Mas enormes, únicas,
cheias de magia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Durante muito tempo estive convencido de que era a
infância que acendia nas pequenas coisas de todos os dias essa música e esse
encanto que agora recordo. Que era por ser pequeno na altura que todas essas
coisas são agora especiais. Mas há tantas pessoas que foram também pequenas e
nunca poderão ter recordações destas… E não porque não tivessem tido pais, ou
porque estes os tivessem maltratado ou porque tivessem sido demasiado pobres.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Geralmente não é muito difícil casar, ter filhos, uma
casa para viver. Mas depois de se conseguir isso podemos chegar à conclusão de
que é muitíssimo difícil construir uma família. É talvez como ter já os tijolos
e, no entanto, sentirmo-nos incapazes de encontrar o cimento que os una, lhes
dê forma, consistência e identidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
É fundamental ter uma infância feliz… E começámos então a
dar aos filhos coisas excelentes e atividades fantásticas e experiências
divertidas. E enchemos de trabalho os dias, para lhes podermos dar tudo isso.
Saímos, portanto, de casa. E a casa esvaziou-se.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
E deixámos de viver com os filhos. As coisas fantásticas
que lhes demos acabaram por ocupar quase todo o tempo em que deveríamos ter
estado com eles.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
É muito fácil errar o caminho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Ao crescer, descobri que para se ter os lençóis lavados e
passados a ferro é preciso frequentemente deitar-se mais tarde e dormir menos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Aprendi que é preciso ter paciência para fazer uma
criança ganhar o hábito de lavar os dentes ou deixar a roupa suja no local
correto. E que a paciência dói.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Reparei em que as pessoas mais velhas gostam de sossego
depois do jantar, porque se cansam facilmente. E que, por isso, tem um alto
preço fazer nessa altura jogos com crianças ou correr atrás de pirilampos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Vim assim a saber que o cimento da família é aquilo que
se faz pelos outros, deixando de fazer aquilo de que se gosta, para os ver
felizes, para os construir, para os ajudar a chegar onde devem chegar. Aquelas
pequenas coisas da minha infância foram grandes, afinal, porque eram feitas de
um amor sacrificado e escondido.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNoSpacing">
Esse amor toca naquilo que é pequeno e engrandece-o.
Desenha flores no pó do quotidiano. Só ele permanece.<o:p></o:p></div>
Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-85271243398859418032016-12-04T15:40:00.002-08:002016-12-04T15:40:39.042-08:00Uma Nova Droga - Restauração<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/_OG6RuOwgtI/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/_OG6RuOwgtI?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4912943837113429686.post-52150845232334949422016-12-04T14:33:00.000-08:002016-12-04T14:33:03.483-08:00Um Novo Tipo De Droga - Os Efeitos da Pornografia na Alma<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/nyZOMZiQMX4/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/nyZOMZiQMX4?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />Juarezhttp://www.blogger.com/profile/10291860711427082321noreply@blogger.com0